A Itália é um dos países que mais tem sofrido com a pandemia do Coronavírus. Enquanto a cidade de Wuhan, na China, teve confirmado o primeiro dia sem infecção, os números na Itália seguem se multiplicando e nesta quinta-feira (19) o número de mortes por conta da doença ultrapassou o do país asiático. A fisioterapeuta catarinense Suelen Cunen Neres, 32 anos, que mora há um ano na Itália na cidade de Rimini, a segunda região mais afetada pela Covid-19, conta como está a situação naquele país.

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— Aqui na Emília Romana, onde eu vivo, é a segunda região mais afetada pela Covid-19. Nós estamos no momento com mais de 4.500 casos e de ontem (quarta) pra hoje aumentou para 525 novos casos positivos. Nós estamos de quarentena, como toda a Itália, não podemos sair de casa, andar pelas ruas, tudo está fechado. O que está aberto hoje é só mercado e farmácia. A nossa vida hoje aqui está bem difícil porque estamos em isolamento total, mas é preciso. É uma determinação da Justiça que precisa ser cumprida, porque só assim a gente vai conseguir fazer que a disseminação do vírus pare — diz.

A fisioterapeuta teve conhecimento de uma pessoa que contraiu o coronavírus e explica o momento em que ela percebeu que a epidemia de coronavírus realmente era séria.

— Eu percebi que tinha alguma coisa errada quando o governo decidiu fechar as fronteiras regionais e colocou a minha região como "zona rossa", que é uma região vermelha. Aí eu vi que as coisas começaram a ficar um pouco mais sérias e não era apenas uma gripe comum.

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Suelen está preocupada com a família em Monte Carlo (SC)
Suelen está preocupada com a família em Monte Carlo (SC) (Foto: Arquivo pessoal)

Outra preocupação de Suelen é quanto à família, que mora aqui em Santa Catarina no município de Monte Carlo, no Meio-Oeste, para que cumpram todos os protocolos pedidos e se mantenham informados sobre o coronavírus.

Por estar em um país que está vivendo com uma alta mortalidade de pessoas por conta do coronavírus, ela reforça as dicas que as autoridades daquele país e do Brasil também fizeram.

— É bem difícil estar longe da família em um momento como esse, mas eu tento orientá-los para que não caíam em fake news, que saibam que eu estou bem, segura, em quarentena me cuidando e saudável, além de que não sou um vetor para contaminar mais pessoas. Oriento para que eles façam a parte deles e que não vivam o que eu estou vivendo aqui. Para que meus avós, que são o grupo de risco, não tenham que viver o que eu estou vendo os idosos viverem aqui — relata.