Durante a pandemia de coronavírus, a luva não é um item indicado para a proteção. Na verdade, o risco é até maior de se contaminar com o uso dela pela população em geral. A ação adequada é a higienização imediata e frequente das mãos com álcool gel ou água e sabão em uma pia próxima, principalmente quando se estiver em locais públicos.

Continua depois da publicidade

​> Em site especial, saiba tudo sobre o coronavírus

— O vírus não é transmitido diretamente pela pele. Se a gente utiliza a luva, dá uma falsa sensação de segurança. Por exemplo, ao digitar a senha do cartão no supermercado, você contaminou a sua luva. Depois, se você tocar a região do rosto, pode se infectar — explicou o presidente da Sociedade Catarinense de Infectologia, Fábio Gaudenzi, para a CBN Diário.

Sobre a quarentena, o infectologista ressalta a importância do isolamento social. Ele cita a situação de uma pessoa que faz uma visita e, mesmo ficando a pelo menos dois metros da outra, ainda há possibilidade de tocar no ambiente, contaminando-o de outras formas.

— Trabalhamos com barreiras extras. Na nossa rotina, as pessoas acabam errando nas medidas de contenção, tocando em locais e carregando o vírus consigo. Só o distanciamento, muitas vezes, não vai ser efetivo, e o isolamento fica sendo mais seguro — destacou Gaudenzi.

Ouça a entrevista com o presidente da Sociedade Catarinense de Infectologia, Fábio Gaudenzi:

Continua depois da publicidade

> Coronavírus: especialista explica por que o teste rápido tem mais chance de dar falso negativo