Após o Governo do Estado indicar que o Hospital Oase de Timbó será unidade de referência exclusiva no Vale do Itajaí para atendimento de adultos com coronavírus, muitas dúvidas surgiram. Alguns questionam quando a unidade será fechada para as demais especialidades e o motivo da escolha. Para esclarecer esses e outros pontos, a prefeitura de Timbó e direção do Oase fizeram uma transmissão ao vivo nesta quarta-feira (1°).
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O hospital começou a ser evacuado na segunda (30). Conforme o documento estadual, o atendimento exclusivo começou nesta quarta-feira. Isso significa que quem chega ao pronto-socorro, que não tem contato com os demais setores da unidade, é encaminhado a outras cidades, caso necessite de internação.
O Estado deve ampliar para 45 o número de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTIs) no Oase. Se algum dos 28 municípios da macrorregião do Vale do Itajaí precisar, pacientes positivados para o Covid-19 serão transferidos para Timbó. Porém, outras cidades como Blumenau, Brusque, Rio do Sul, Ituporanga e Ibirama também receberão reforços nas estruturas.
No total serão 203 novos leitos de UTI para adultos, 12 para crianças e 14 para bebês nos hospitais do Vale do Itajaí, conforme informações da Secretaria Estadual de Saúde. A escolha por reservar o de Timbó aos casos de coronavírus, conforme o diretor do Instituto Vidas, Richard Choseki, “foi inteligente”. A cidade está geograficamente em um local favorável para as demais deslocarem os pacientes e é mais fácil esvaziar o Oase a ter de preparar hospitais maiores, como o Santa Isabel e Santo Antônio, em Blumenau, que atendem casos de alta complexidade (transplante e oncologia).
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– Os pacientes só serão enviados para o Hospital Oase depois dos exames mostrarem que são casos positivos do coronavírus. Não receberemos casos suspeitos – explicou Choseki.
Apesar do título de referência, o hospital – que tem cerca de 10 leitos atualmente – ainda não recebeu recursos ou equipamentos do Estado. A promessa é que os novos leitos sejam instalados aos poucos, até o dia 31 de maio. E, conforme ressaltou Choseki, serão 45 apenas se houver necessidade – tudo dependerá da evolução da contaminação.
Transferência de atendimentos
Os atendimentos da maternidade serão feitos no Hospital Dom Bosco, de Rio dos Cedros. A medida deve entrar em vigor nos próximos dias. Agravos clínicos e cirurgia geral de urgências ocorrem em Rio dos Cedros e no Hospital Rio do Testo, de Pomerode. Parte dos profissionais serão deslocados para o Dom Bosco, que fica a 8 quilômetros do hospital de Timbó.
– Trabalhamos no esvaziamento para não colocar nossas famílias em risco – defendeu o diretor.
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Os pacientes vítimas de traumatismo grave (como acidentes) serão encaminhados para o Hospital Beatriz Ramos, de Indaial. A desativação dos setores da unidade, que vai ocorrer gradativamente nos próximos dias, prosseguirá até que a situação do coronavírus seja normalizada no estado.