Coronavírus: Florianópolis estuda horários alternativos de trabalho e fiscaliza casos de preços abusivos

A Prefeitura de Florianópolis estuda propor a adoção de horários alternativos para abertura e fechamento do comércio e para o funcionamento das atividades no serviço público municipal e do Estado como uma das ações de combate ao avanço do novo coronavírus na cidade.

Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (13), o prefeito Gean Loureiro (DEM) afirmou que uma definição sobre o assunto deve sair em uma reunião às 11h de segunda-feira (16).

A intenção da medida, segundo o prefeito, seria diminuir o número de pessoas em circulação ao mesmo tempo no transporte coletivo de Florianópolis. Os ônibus já haviam sido alvo de uma das ações anunciadas nesta sexta, que é a retirada de lacres das janelas dos ônibus para não utilizar o ar-condicionado e também a retirada de circulação dos ônibus que não permitem a abertura das janelas.

O prefeito também deu detalhes sobre o decreto que proíbe a realização de eventos de grande público a partir desta sexta-feira. A medida limita a 250 pessoas o número máximo de participantes de eventos em local aberto e a 100 pessoas em locais fechados. Eventos que excedam esse limite precisam ser cancelados ou adiados.

A medida impede, por exemplo, a realização de eventos como a corrida rústica, uma prova de triatlo prevista para o dia 22 deste mês e também eventos religiosos como a Procissão de Senhor dos Passos, que reúne mais de 80 mil pessoas em Florianópolis.

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As medidas contra o novo coronavírus previstas no decreto passam a valer como recomendação a partir desta sexta-feira, por conta de eventos que ainda não puderem ser cancelados, mas se torna obrigatório a partir de segunda-feira (16). A Federação Catarinense de Futebol (FCF) por enquanto informa que a partida entre Figueirense e Brusque, neste domingo (15), no Estádio Orlando Scarpelli, deve ocorrer normalmente, com portões abertos.

A prefeitura anunciou ainda exigências que serão feitas a estabelecimentos como shopping centers, lojas e restaurantes e locais como terminais urbanos. Esses locais precisarão oferecer álcool gel em local amplamente sinalizado para os usuários e precisarão respeitar o espaço de pelo menos 1,5 metro entre as mesas. Escolas também precisarão oferecer álcool gel e deverão utilizar bebedouros somente para encher canecas e copos que sejam de uso pessoal.

Prefeitura promete cassar alvarás em caso de aumento de preço

Na coletiva, o prefeito também falou sobre o caso de farmácias e estabelecimentos que estariam aumentando o preço de produtos como máscaras e álcool gel. Gean Loureiro citou o exemplo de uma loja do bairro Estreito que teria aumentado o valor de uma caixa de luvas de R$ 12 para R$ 69.

– Nesses casos, vamos cassar o alvará e interditar o estabelecimento – antecipou o prefeito, dizendo que já há casos em análise a partir desta sexta-feira.

Cidade deve receber R$ 2 milhões para ações de combate

Loureiro afirmou que Florianópolis deve receber cerca de R$ 2 milhões do governo federal como parte dos recursos liberados para o Ministério da Saúde para combater o novo coronavírus.

Dos R$ 5 bilhões liberados, R$ 1 bilhão deve ser liberado igualitariamente entre as cidades, o que resulta nessa expectativa de recursos para ações de prevenção à doença na cidade.