Marina Dias
Os EUA registraram nesta terça-feira (31) mais de 3.400 mortes confirmadas por coronavírus e ultrapassaram a China no número de vítimas da pandemia. Segundo dados divulgados pela Universidade Johns Hopkins, os EUA alcançaram 175 mil casos e 3.415 mortes às 15h (de Brasília) desta terça (31), enquanto a China tinha 82,2 mil casos e 3.309 mortes. O estado de Nova York registra quase metade do total de mortos pelo novo vírus nos EUA, com 1.550 vítimas.
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A letalidade, porém, ainda é numericamente maior em países da Europa: na Itália são 105,7 mil casos e 12.428 mortes, e na Espanha, 94,4 mil casos e 8.269 mortos. O total de casos de Covid-19 no mundo tem aumentado rápida e diariamente e chegou a mais de 800 mil nesta terça, com mais de 40.000 mortes.
A expectativa do governo americano é de que o pico de casos e mortes no país aconteça em duas semanas, em 15 de abril. O presidente Donald Trump anunciou no domingo (29) a extensão de medidas de distanciamento social até 30 de abril, depois de ter dado diversas declarações de que era preciso reabrir os EUA até a Páscoa.
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Ele foi convencido por dados e assessores de que o pior ainda estava por vir e era preciso manter as pessoas em casa por mais tempo para tentar conter o avanço do novo vírus. Nos EUA, o ritmo de crescimento dos casos confirmados começou a crescer de forma vertiginosa no meio de março. Estados como Nova York, Nova Jersey e Califórnia são os mais afetados, mas outros focos críticos têm aparecido em Michigan e Flórida, por exemplo.
Com as medidas de isolamento, que variam de estado para estado, mais de 225 milhões de pessoas, ou 3 em cada 4 americanos estão sob medidas restritivas no país atualmente. De acordo com especialistas, a demora no processo dos testes para detectar a Covid-19 deu a falsa impressão de que o perigo ainda não havia chegado aos EUA e deixou por muito tempo autoridades e população desarmadas, enquanto a transmissão se dava em marcha invisível e exponencial. A confirmação do primeiro paciente com diagnóstico de coronavírus nos EUA foi em 21 de janeiro.
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Trump, que inicialmente minimizava a gravidade da pandemia, declarou estado de emergência nacional após 52 dias, em 13 de março. Menos de duas semanas depois, o país registrava 83.012 casos e 1.301 mortes, superando China e Itália e tornando-se o epicentro do vírus.
Nesta segunda-feira (30), os EUA romperam a marca dos 150 mil casos mostrando que ainda não conseguiram frear a curva do vírus. Em um dia, 25 mil novos casos e um novo salto. Segundo levantamento da Kaiser Family Foundation, dos 50 estados americanos, 44 limitaram atividades de bares e restaurantes, 46 fecharam escolas, e 28 estão com a ordem de manter os cidadãos em casa.
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