Em Santa Catarina, pessoas de 30 a 39 anos são as mais atingidas até agora pelo novo coronavírus — 82 casos. Neste sábado (04), o Estado confirmou a morte de um homem de 32 anos morador de São Ludgero, que não estava no grupo de risco. Uma explicação nestes casos seria a quantidade de vírus que infectam o paciente no momento do contágio.

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— A gente está vendo também casos em pessoas mais jovens, provavelmente pacientes com problemas respiratórios ou tabagistas, mas estamos tendo casos em pessoas sem comorbidade. Provavelmente o que está acontecendo: o grau de inalação, de contato, que teve este pessoa com alguém com o coronavírus — explicou o presidente da Associação Catarinense de Pneumologia, Fábio Souza.

O especialista alerta também sobre a importância da manutenção da quarentena para evitar casos simultâneos da doença. Isso porque pessoas infectadas podem não apresentar sintomas.

— Geralmente os que mais contaminam são os assintomáticos. Por isso a importância do isolamento social e dessa repercussão toda que estamos vendo — contou.

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Outro dado apresentado pelo pneumologista é que o pico de casos no país deve começar nesta semana. Apesar disso, o inverno pode provocar uma segunda onda da Covid-19.

— Nós acreditamos no primeiro pico de 6 a 20/04. E acreditamos sim que vai ter um segundo pico no inverno, porque é quando acontecem as doenças respiratórias do inverno. Pacientes com DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), asmáticos e tabagistas têm infecção respiratória repetitiva principalmente no inverno. Vamos torcer para a gente ter um inverno menos rigoroso, mas medidas de saúde pública provavelmente vão ter que ser tomadas novamente — disse.

Ouça a entrevista com o presidente da Associação Catarinense de Pneumologia, Fábio Souza, no programa Medicina e Saúde: