A falta de máscaras para profissionais da saúde no Hospital, São José de Maravilha, relatada pela noiva, que é médica, levou o empresário Thiago Simon a iniciar uma produção em impressora 3D. Esse é uma das iniciativas que estão sendo realizadas por empresas, universidades e voluntários para ajudar neste momento de combate ao coronavírus.

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– Comecei fazendo 20 peças, mas era demorado, produzia uma a cada 2h. Meu objetivo era doar para o hospital. Aí perguntei no face se alguém mais precisava e recebi mais de mil pedidos. Aí meu pai, que tem uma empresa de climatizadores, onde tem muitas ferramentas e uma injetora de plástico, desenvolveu um protótipo em 24h e começamos a produzir 1,2 mil máscaras por dia – afirmou Simon.

Seis funcionários se revezam em três turnos, durante 24h, e a família ajuda na montagem dos equipamentos. Além dos hospitais, Bombeiros e Samu da região de Maravilha, as máscaras estão sendo distribuídas em caixas com 20 peças até para outros estados.

Uma leva com mil unidades será encaminhada para Florianópolis nesta quinta-feira.

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– Estamos contando com a colaboração de caminhoneiros, Samu e Bombeiros, que estão ajudando a distribuir as encomendas. Meu pai disse que quer fazer 10 mil unidades. É bom porque em vez de ficar parado, com a fábrica parada, podemos ajudar os outros – disse.

Máscaras serão doadas ao Hospital Universitário da UFSC
Máscaras produzidas em parceria entre IFSC e UFSC, em impressoras 3D (Foto: Gabriela Braga/IFSC)

Professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) também estão colaborando na confecção de máscaras. Um médico do Hospital Universitário da UFSC falou sobre a falta de máscaras. O professor do IFSC Aurélio Sabino Netto disse que começou a fazer os testes de impressão no sábado, utilizando impressoras 3D.

Depois de alguns ajustes e com a colaboração de mais professores iniciaram a produção utilizando a infraestrutura dos laboratórios de fabricação digital, PET Mecatrônica e Grupo de Pesquisas em Processos de Fabricação e Tecnologias Materiais do Campus de Florianópolis. A iniciativa pode ser feita em casa, por pessoas que tenham impressoras 3D e lâminas de acetado.

– Já temos alguns voluntários fazendo em casa. Empresas entraram em contado com professor da UFSC, para a doação de lâminas e também para fazer o recorte de forma mais rápida – disse.

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Em Balneário Camboriú, foi criado o projeto VesteVida, que conta com mais de 40 costureiras de todo o estado, mas principalmente do Vale do Itajaí e Sul, estão produzindo máscaras e lençóis para hospitais e profissionais de saúde e segurança. Materiais doados por empresas são encaminhados para as costureiras.

– Diante do momento difícil para todos, vimos uma forma de contribuir – disse Mirvana Andreis, empresária de moda e diretora da CDL Mulher de Balneário Camboriú, que foi uma das mentoras da iniciativa junto com a empresária Sandra Bronzina e a arquiteta Graziele Andreis.

Empresa vai produzir 120 mil máscaras por dia em Complexo Penitenciário

Outra iniciativa, que não é voluntária mas que vai ajudar bastante para atender a demanda de máscaras, é a produção no Complexo Penitenciário de Chapecó. Uma empresa que estava instalada no local, adaptou sua produção e começou a produzir 60 mil máscaras por dia a partir de segunda-feira, utilizando a mão-de-obra de 30 a 40 presos. Elas já começaram a ser distribuídas para Hospital Regional do Oeste, Prefeitura de Chapecó e também outras regiões do Estado. Agora a empresa está ajustando outras máquinas para dobrar a produção e chegar a 130 mil unidades por dia.