Os supermercados de Joinville têm enfrentado resistência de clientes para o uso de máscaras e proteção ao coronavírus mesmo após entrar em vigor o decreto que obriga a utilização de máscaras em estabelecimentos da cidade. Segundo relatos de proprietários, algumas pessoas ainda se negam a usar o item de segurança e precisam ser impedidas de entrar nos estabelecimentos.
Continua depois da publicidade
> Em site especial, saiba tudo sobre o coronavírus
Segundo o decreto municipal, é obrigatório o uso de máscaras nos estabelecimentos comerciais autorizados a funcionar após a flexibilização da quarentena. Também é obrigatório para o uso de táxis ou transporte compartilhado de passageiros e para o desempenho de atividades laborais em ambientes compartilhados com outras pessoas nos setores público e privado. As regras passaram a valer na última quinta-feira (23).
O proprietário de uma rede de supermercados com oito unidades em Joinville, Eduardo Rogério Caetano, o problema acontece com uma pequena parcela dos clientes. Segundo ele, a grande maioria da população está entendendo e cumprindo as regras.
– Ainda não precisei chamar a polícia para denunciar clientes, mas já teve casos de jovens afirmando que a máscara era questão política, de pessoas se recusando a colocar a máscara. A entrada não foi liberada e eles precisaram ir embora – conta.
Continua depois da publicidade
Eduardo também é vice-presidente regional da Associação Catarinense de Supermercados (Acats). Ele defende que as pessoas entendam que esse não é um momento para criar confusão. A lei proíbe a entrada em estabelecimentos sem máscaras e a população precisa respeitar.
Leia também: Coronavírus: saiba como fazer máscaras em casa com roupas usadas
Supermercados criam alternativas para clientes
A rede de lojas de Eduardo, assim como outros supermercados, tem buscado oferecer alternativas para os clientes não precisarem sair de casa. No caso de Romeu Luis Zamboni, proprietário de uma rede com quatro unidades em Joinville e presidente do Sindisupermercados, a solução foi apostar em pedidos pela internet.
O supermercado de Romeu desenvolveu um aplicativo em que o cliente consegue fazer o pedido online e recebe as compras em casa. Alguns funcionários foram redirecionados para esse serviço, que tem tido uma aceitação que surpreendeu o empresário.
– É um caminho sem volta, uma nova forma de vender. Não vamos parar esse processo porque está sendo surpreendentemente agradável. É até uma sugestão para os colegas supermercadistas – relata.
Continua depois da publicidade
O aplicativo foi uma maneira de enfrentar a crise e reduzir os impactos, mas também ajuda a evitar problemas para clientes que não querem ir até a loja, inclusive os que se recusam a usar máscaras.
– As pessoas estão bastante informadas, basta apenas a atitude e o respeito ao próximo. Esse é o caminho. Vamos sair disso vencedores e mais fortalecidos como comunidade – finaliza.
Leia ainda: Atendimentos de pacientes com AVC caem 41% em Joinville após pandemia