A segunda morte por coronavírus em Joinville foi confirmada no começo desta semana. A vítima é Luíza Amélia da Silva, 70 anos, servidora aposentada da Câmara de Vereadores. Segundo a prefeitura, ela tinha histórico de problemas cardíacos e estava internada na unidade de tratamento intensivo (UTI) da Unimed. A primeira morte registrada em Joinville foi a do empresário Mario Borba, 68 anos.

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Sérgio Paulo, filho mais velho de Luíza, conta que viu a mãe pela última vez dois dias antes dela ser internada. Ele buscou a mãe em casa e, junto à família dele, passearam de carro em Joinville.

— Ela olhou para mim, me agradeceu e me deu um sorriso. Essa foi a última vez em que a vi — relembra Sérgio.

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Depois disso, Sérgio, familiares e amigos sequer puderam se despedir dela. O velório foi com caixão lacrado e, do hospital, o corpo foi encaminhado direto ao sepultamento. Luíza deixa o marido, quatro filhos e sete netos.

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Luíza tinha sido levada ao hospital porque não estava se alimentando direito. Foi quando recebeu o diagnóstico positivo para a Covid-19 e, desde então, seu quadro de saúde só piorou.

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— Ela era a pessoa mais feliz que eu já vi na minha vida — lembra o filho.

Luíza trabalhou por mais de 30 anos na Câmara de Vereadores de Joinville. Nos últimos anos, ela atuou no almoxarifado do legislativo. Para o filho restarão muitas lembranças positivas da mãe, mas uma das mais fortes é a forma como ela batalhou durante toda a vida sem tirar o sorriso do rosto.

— Ela teve três filhos no primeiro casamento e, depois do divórcio, as coisas ficaram bem difíceis. Mas o que mais me fazia admirar a minha mãe era o jeito como ela batalhava por nós. Era difícil manter três filhos sozinha. Não importa o quão forte você acha que é, às vezes a vida esbarra em você, mas é preciso levantar a cabeça e isso eu aprendi com ela — reforça.

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Segunda morte em Joinville por Covid-19

A morte de Luíza foi registrada no domingo (12) pela manhã. Ela estava internada na UTI da Unimed. Além de ser idosa, Luíza fazia parte do grupo de risco também por ser hipertensa e diabética, segundo o filho.

A primeira morte registrada na cidade foi a do empresário Mário Borba, de 68 anos. Ele era integrante do conselho de administração da Krona Tubos e Conexões e morreu no último dia 30 de março no Hospital Dona Helena.

Segundo última balanço divulgado pelo governo, Santa Catarina tem, até esta terça-feira (14), 28 mortes por coronavírus e 853 pacientes positivados para a doença.

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