Com o aumento nos números de casos suspeitos em território nacional, os hospitais têm se preparado para receber pacientes que apresentem os sintomas do novo coronavírus. Em Joinville, os hospitais particulares também têm organizado os fluxos de atendimento.

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A orientação, de maneira geral, é a mesma em todas as unidades: só devem buscar atendimento os pacientes que apresentarem sintomas graves, como dificuldade de respirar. A medida busca, principalmente, prevenir a contaminação de pacientes não infectados em ambientes propícios, como o hospital.

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Dona Helena

Conforme o superintendeste médico do Hospital Dona Helena, Danilo Abreu da Silva, a orientação aos pacientes é a mesma de quem utiliza o sistema público de saúde: não devem buscar o serviço de saúde, salvo diante de sinais de gravidade.

– No SUS tem uma peculiaridade porque os profissionais precisam do atestado. E aí colocaram uma faixa laranja para que algumas pessoas que precisam usar o atestado do SUS serem direcionadas às unidades básicas de saúde para pegar esse atestado para quem tem sintoma gripal. No entanto, essa não é uma realidade aqui. Nós fizemos ações com muitas das grandes empresas para que se o paciente tivesse sinal gripal, a própria empresa o afastasse para não ter a necessidade de aumento no movimento de emergência do hospital – explica.

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Segundo ele, a ala emergencial do hospital foi dividida em duas: emergência para sintomas respiratórias e a emergência geral (sem sintomas respiratórios). Duas unidades de internação foram preparadas para receber pacientes sem gravidade, o que totaliza 14 leitos, com possibilidade de extensão em contingência para 35. Já na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 19 leitos foram destinados para a internação de casos graves, com possibilidade de extensão em contingência para 29.

Segundo as projeções feitas pelo hospital, é possível que sejam internadas entre 50 ou 60 pessoas na UTI.

– A questão é quando. Com as medidas de isolamento social, isso deve acontecer de forma gradual, e não com um pico, como aconteceu em outros países – completa.

Hapvida

O Sistema Hapvida montou um esquema especial para prevenir a disseminação do coronavírus, no Brasil, nos próximos meses. O Hapvida realizará testes para detectar coronavírus, que estão previstos no Rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), aos pacientes que tiverem indicação médica. A empresa segue todas as recomendações do órgão regulador.

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Diariamente, os coordenadores das unidades de urgência e emergência são atualizados sobre como lidar com o vírus, ao mesmo tempo em que também repassam para os líderes das unidades as informações. Em paralelo, o estoque de materiais necessários para o atendimento, como luvas, máscaras e álcool em gel, também foram ampliados.

Em Joinville há um protocolo de atendimento na emergência e o Hapvida conta com uma UTI reservada para pacientes, além de dez apartamentos de isolamentos montados.

Unimed

Na Unimed, o fluxo no Centro Hospitalar é de atendimento aos beneficiários que apresentam alterações em padrão respiratório, sugestivas ao Covid-19 ou de outras afecções respiratórias. Estes pacientes estão sendo triados, examinados e liberados ou eventualmente internados em enfermaria especialmente destinada para este fim.

Diariamente são emitidos boletins com número de casos suspeitos, internados ou confirmados. Em caso de necessidade de procurar o hospital, o beneficiário da Unimed deve procurar o pronto atendimento do CHU. Entretanto, o hospital ressalta que casos leves sem comprometimento respiratório evidente devem ser acompanhados em casa em isolamento social.

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