As igrejas foram autorizadas a reabrir pelo governo de Santa Catarina em meio a pandemia do coronavírus, mas nem todas de Joinville voltarão a realizar as atividades religiosas. Pouco mais de um mês com portas fechadas, aquelas que decidirem receber o público terão de atender às regras de prevenção definidas pelo Estado, como a ocupação máxima de 30% da capacidade.

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As igrejas evangélicas são as únicas que já confirmaram o retorno das atividades a partir da noite desta terça-feira (21). Segundo o pastor Davi Paulo, presidente do Conselho de Pastores de Joinville, algumas denominações já vão realizar cultos respeitando as regras de 30% de ocupação e demais diretrizes do Estado.

A Diocese de Joinville informou, em nota, que mantém suspensa a realização de missas com fieis até 2 de maio. As igrejas estarão abertas apenas para orações individuais. A partir do dia 3, as missas vão retornar de maneira gradativa com a participação de pessoas seguindo as determinações do governo do Estado.

Demais atividades como reuniões, encontros, catequese, festas, eventos, batizados, primeiras eucaristias, crismas e matrimônios permanecem suspensos. Em nota, a diocese pede que "permaneça os cuidado no uso de máscaras, na higiene correta das mãos e no acatamento das orientações quanto ao distanciamento social". A Diocese de Joinville abrange 18 municípios da região Norte do Estado.

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Já a igreja luterana divulgou nota conjunta dos pastores sinodais de todo o Estado após uma reunião virtual entre os representantes. Segundo a nota, há preocupação pela preservação da vida de todas as pessoas, por isso foi definido manter a decisão de não realizar atividades presenciais.

A igreja luterana mantem as orientações de suspensão das atividades com aglomerações e afirma precisar de mais tempo para ler e estudar a portaria do Estado para "implementar o que for necessário para o retorno seguro e gradual das atividades presenciais".

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Confira as regras para igrejas e templos religiosos em SC:

– A lotação máxima autorizada será de 30% da capacidade da igreja ou do templo;

– Os lugares de assento deverão ser disponibilizados de forma alternada entre as fileiras de bancos, devendo estar bloqueados de forma física aqueles que não puderem ser ocupados;

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– O atendimento aos integrantes dos grupos de risco como idosos (acima de 60 anos), hipertensos, diabéticos e gestantes deverá ser realizado exclusivamente em domicílio;

– Deve ser assegurado que todas as pessoas que entrem nos locais estejam usando máscara e higienizem as mãos com álcool gel 70%;

– Os atendimentos individuais deverão ser agendados;

– Os templos devem disponibilizar álcool gel para uso das pessoas;

– Todos os fiéis e colaboradores deverão usar máscaras de tecido durante todo o período em que estiverem no interior do templo religioso ou da igreja;

– Nos cultos em que houver a celebração de ceia, com partilha de pão e vinho, ou celebração de comunhão, os elementos somente poderão ser partilhados se estiverem pré-embalados para uso pessoal;

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– O responsável pelo templo deve orientar aos frequentadores que não poderão participar dos cultos, missas e liturgias caso apresentem sintomas de resfriados ou gripe.

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Para os colaboradores

– Igrejas e templos devem priorizar o afastamento, sem prejuízo, de colaboradores pertencentes ao grupo de risco, como pessoas com idade acima de 60 anos, hipertensos, diabéticos, gestantes e imunodeprimidos;

– Disponibilizar e exigir o uso das máscaras para os colaboradores para a realização das atividades;

– Durante os atendimentos deverá ser mantida a distância mínima de 1,5 metros entre as pessoas;

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– Colaboradores que apresentarem sintomas de Covid-19 devem buscar orientações médicas e serem afastados do trabalho e do atendimento ao público por no mínimo 14 dias, ou conforme determinação médica;

– Manter todas as áreas ventiladas, incluindo, caso exista, os locais de alimentação;

– Deverá ser intensificada a higienização das mãos, principalmente antes e depois do atendimento de cada fiel;

– Realizar procedimentos que garantam a higienização contínua da igreja ou do templo religioso com desinfetantes e realizar frequente desinfecção com álcool 70%.

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