O primeiro dia de atendimento do Centro de Triagem, inaugurado na última quarta-feira (2) em Joinville, registrou 44 atendimentos. Conforme o infectologista Luiz Henrique Melo, deste total, oito pessoas foram referenciadas a hospitais por possuírem sinais que sugeriam avaliação mais aprofundada. A maior parte dos pacientes que buscaram atendimento, segundo o médico, apresentavam sintomas respiratórios. As faixas etárias foram variadas, não apresentando perfis ou grupos preponderantes.

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Na manhã desta quinta-feira, foram realizados 25 atendimentos, e a projeção é a de que esse número aumente ao longo dos dias. O local, montado durante cinco dias em um ginásio da Associação Atlética Tupy, na zona Leste de Joinville, tem capacidade de atender até 150 pessoas por hora. Neste momento, fazem parte da equipe dez médicos e 15 auxiliares, mas o número pode ser dobrado na medida em que as buscas aumentem.

O local funciona com 25 salas. Destas, 20 são para avaliação clínica. Ele foi planejado para que os pacientes passem por etapas até chegarem ao atendimento, coordenado pelo infectologista Luiz Henrique, que atua nos hospitais São José e Dona Helena, em Joinville. Alunos do último ano do curso de medicina da Univille também atuam no local para prestar auxílio.

O infectologista reforça que a função do local é de triagem e, neste momento, não é destinado a exames.

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– Há essa perspectiva, mas o que dificulta a realização deles é a disponibilidade dos exames, que ainda não tem. Os testes que estão sendo feitos são para saber se os sintomas são ou não relacionados ao Covid-19, mas eles estão sendo realizados pelo Lacen e só para pessoas que internam com suspeita da doença – pontua.

Exames não atendem demanda necessária, conforme médico

Luiz Henrique reforça que os testes realizados em Santa Catarina são menores em relação ao número de casos.

– Sem exames, a gente não pode confirmar que aquilo que a gente está fazendo está surtindo efeito, porque nós não estamos fazendo exames na medida em que seja necessário – afirma.

Segundo ele, países que conseguiram combater o vírus com mais eficiência, como Japão, Singapura e Coreia do Sul, utilizaram estratégias mistas e baseadas em exames em larga escala, o que não representa a realidade brasileira.

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Como funciona o Centro de Triagem

Antes de sair de casa, o paciente com suspeita de coronavírus deverá acessar o Web Saúde e enviar um whatsapp para fazer o cadastro com dados documentais. Por meio de mensagem, ele responderá algumas perguntas de caráter clínico, em uma pré-avaliação médica. Assim, será informado o cidadão se deve dirigir-se à Central de Triagem ou imediatamente a um hospital.

O número é (47) 3481-5165, com atendimento de segunda a sexta-feira, das 7 às 18h30. A central de atendimento está instalada na Secretaria da Saúde com 20 estações de atendimento. Do outro lado da linha, está um médico da rede pública ou um médico voluntário para esclarecer dúvidas.

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