A Embaixada da China no Brasil afirmou que por enquanto “não há novas restrições para a importação brasileira” após traços do coronavírus serem encontrados em uma carga de carne de frango exportada de Santa Catarina para o país asiático. O caso veio a público nesta quinta-feira (13) após testes divulgados pela prefeitura da cidade de Shenzen.
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Conforme a nota da embaixada publicada pelo G1, a China e o Brasil estão trabalhando em conjunto para tentar identificar onde ocorreu a contaminação da carga:
“Através de colaboração e entendimento mútuo, os eventuais impactos sobre o comércio bilateral serão gerenciados e controlados de forma objetiva e científica”, diz a nota chinesa.
O texto da prefeitura de Shenzen diz que a coleta foi feita na terça-feira (11), durante uma inspeção em alimentos importados da cadeia de frios. No quarta-feira, diante da confirmação da presença do vírus, “todos os produtos de estoque relevantes na cidade foram lacrados e realizados”.
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A carne contaminada teria como origem um frigorífico da Aurora Alimentos na cidade de Xaxim, no Oeste de Santa Catarina. A empresa diz que o caso por ora se trata de uma notícia divulgada pela imprensa local chinesa e que não houve até o momento confirmação oficial por parte das autoridades da China. Por conta disso, a cooperativa diz que “aguardará a devida manifestação por parte da autoridade pública competente, junto a qual esclarecerá os fatos e prestará as devidas informações a quem de direito”.
Conforme as informações divulgadas, a amostra que foi testada teria sido retirada da superfície de asas de frango. Diante do teste positivo na carne, as autoridades chinesas recomendaram cuidado aos moradores locais na compra de alimentos congelados importados.
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Em entrevista nesta quinta-feira à tarde, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, reconheceu que a detecção “não é positiva para a imagem do Brasil”, mas disse não acreditar que o episódio afete a exportação do produto brasileiro.
– É claro que não é bom para a imagem de ninguém, agora acho que isso não afeta [a exportação brasileira], porque nós temos confiança nos nossos serviços e nas empresas que estão cumprindo um protocolo rígido, cuidando da segurança dos funcionários – disse a ministra.
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*Com informações da Folhapress e do G1