Depois de ter anunciado na manhã desta quarta-feira (18) que o transporte coletivo urbano de Chapecó seria mantido, com algumas restrições, o prefeito Luciano Buligon emitiu um novo comunicado no final da tarde suspendendo o serviço, a partir da meia-noite. O motivo é combate ao novo coronavírus.

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"Tínhamos mantido o serviço para não prejudicar os servidores da saúde e das agroindústrias. Mas a indústria vai cuidar dos seus funcionários e a prefeitura garantiu o transporte dos servidores públicos. Inclusive vamos ampliar o atendimento, das sete horas da manhã até às sete horas da noite. O serviço de transporte coletivo fica suspenso a partir da meia-noite", disse o prefeito.

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Apesar de ampliar o horário, com foco no combate ao coronavírus, o prefeito também determinou a suspensão de atendimentos eletivos, aqueles não urgentes. Estão suspensos atendimentos de puericultura, consultas eletivas, coletas de preventivo de combate ao câncer de colo de útero, exames laboratoriais de rotina, transporte de fisioterapia e transporte para tratamento fora de domicílio.

Estão mantidos os serviços de Saúde Mental, Clínica da Mulher (gestação de alto risco), Serviço de Atendimento Especializado, Centro Especializado em Tuberculose, Hanseníase e Hepatites e Clínica Renal do Oeste, destinada ao paciente renal crônico.

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Continuam as visitas domiciliares a pacientes acamados e com necessidade de assistência regular e atendimentos de urgência nos Centros de Saúde da Família, na Unidade de Pronto Atendimento 24horas e no Pronto Atendimento da Efapi.

A prefeitura também já havia suspendido atendimentos administrativos, que devem ser buscados via Ouvidoria, Portal do Cidadão e Ouvindo Nosso Bairro Digital.

Também foi suspenso o atendimento nos restaurantes Populares do Centro e do Bairro Efapi. Apesar de não contar com o transporte coletivo e com o fechamento de lojas, as agroindústrias vão continuar a produção.

De acordo com o diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados, Jorge de Lima, não há como interromper a produção pois há milhares de animais no campo.

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– Estamos tomando as medidas para evitar contaminação ou aglomerações de pessoas mas precisamos manter as agroindústrias funcionando pois temos animais no campo prontos para o abate. Eu não posso segurar um frango mais tempo no campo, ele precisa ser encaminhado para o abate. Elaboramos planos de contingenciamento e prevenção para manter a produção – disse o diretor.

As agroindústrias empregam cerca de 60 mil pessoas e respondem pelos principais produtos de exportação do estado. Somente em fevereiro as exportações de frangos e suínos foram de cerca de R$ 1 bilhão. Por isso há um esforço em manter a produção até pelo impacto econômico que uma paralisação poderia acarretar no Estado.

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