Seguindo o modelo de Florianópolis, Itajaí e Camboriú, as Justiças de Rio do Sul e Blumenau autorizaram nesta semana que jovens que estavam em casas de acolhimento fossem encaminhados para lares temporários, a fim de minimizar os riscos de contágio do novo coronavírus.
Continua depois da publicidade
Em site especial, saiba tudo sobre o coronavírus
– Hoje não temos mais nenhuma criança em abrigos, todas foram para casas da equipe da assistência social ou em alguns casos para padrinhos afetivos e para outras famílias – disse o prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt (Podemos).
Conforme Hildebrandt, a cidade possui 67 crianças e adolescentes em casas de acolhimento. A juíza Simone Faria Locks, titular da Vara da Infância e Juventude da comarca de Blumenau, autorizou que 50 fossem para duas famílias acolhedoras, quatro madrinhas afetivas e casas de funcionários de três instituições de acolhimento local. As demais também seguiram para lares temporários, conforme o prefeito.
As famílias serão acompanhadas pela equipe da instituição, bem como o contato diário com as crianças e adolescentes serão preservados. A casa acolhedora dará todo suporte em alimentação e medicamentos, se necessário, e a equipe técnica da instituição deve prestar todo o suporte, inclusive psicológico, aos acolhidos e às famílias, através de contato com as crianças e adolescentes e encaminhamento de relatórios quinzenais ao juízo.
Continua depois da publicidade
As crianças ficarão em isolamento social, com obediência a todas as medidas de prevenção do contágio do Coronavírus, conforme orientação de órgãos estaduais e nacionais. A sugestão e o pedido foram feitos pela Diretoria de Proteção Especial da Secretaria de Desenvolvimento Social (Semudes) e foram deferidos com anuência do Ministério Público local.
– Se a criança ou o adolescente permanecesse na casa de acolhimento juntamente com os outros infantes, a possibilidade de adquirir a Covid-19 e de transmiti-la seria muito maior – acredita Simone.
Rio do Sul
No Alto Vale, o juiz substituto Leandro Ernani Freitag tomou a decisão após pedido formulado pela instituição de acolhimento de crianças e jovens. No total, 15 crianças e adolescentes foram encaminhados à casa de funcionários, ex-funcionários e voluntários que guardam vínculos com o local.
– Mostra-se absolutamente necessário um cuidado ainda mais rigoroso do que aquele já oferecido no serviço de acolhimento, com a saúde e higiene das crianças, a fim de que não se contaminem nem transmitam o novo vírus a outras pessoas – disse Freitag.
Continua depois da publicidade
A decisão foi assinada na terça-feira (24).