Procurado pela reportagem, o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon (PSL), fala sobre os trabalhos, o papel da população, os desafios, os ensinamentos e como ele acredita que a sociedade passará por essa pandemia.
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Confira na entrevista a seguir:
Como está o combate à doença hoje?
Desde o dia 4 de março nós trabalhamos com um plano estratégico, que denominamos Plano de Respostas e Enfrentamento à Covid, executando todas as medidas nele propostas. A todo o momento, o cenário da contaminação é avaliado por um comitê técnico, e se necessário, novas ações são implementadas e mais investimento é realizado.
A população de sua cidade está tendo bom comportamento?
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Quando decretadas as primeiras restrições de convívio social, em meados de março, nós enfrentamos resistência. De lá pra cá, a população tem entendido e a grande maioria contribuído, e muito, respeitando as recomendações das autoridades sanitárias para se proteger e proteger o outro. As pessoas têm compreendido o papel de cada um na sensibilização coletiva e a importância das atitudes individuais para frear a contaminação.
Qual é o principal desafio neste momento?
Nossos números em Chapecó estão atingindo o pico agora em maio. Estamos entendendo como a doença se apresentou aqui e enfrentando, seguindo os princípios técnicos e o planejamento que concluímos ainda no início de março. A principal faixa etária contaminada é de 20 a 49 anos, pessoas em idade produtiva. Mas, percebemos que o nosso grande desafio também está na sensibilização das pessoas nos momentos de lazer, pós-horário de trabalho. Por isso, apertamos a fiscalização e fechamos locais públicos com registro de reincidência em aglomerações.
Qual é o maior ensinamento que a pandemia lhe deu?
Cada minuto da nossa vida vale muito e a pandemia deixou isso muito mais presente para todos nós. Estamos mais introspectivos. O vírus nos deixa um recado de saúde, mas também humano, de valores. As pessoas têm convivido mais com as famílias, e passamos a exercitar a gestão das nossas emoções. Nós estamos muito a frente no que se refere à tecnologia, ciência e inovação, mas temos muito a avançar para bem gerir as nossas emoções.
O senhor acha que a nossa sociedade será melhor depois da pandemia?
Entendo que sim, porque acredito muito no ser humano, na solidariedade, em entender que a minha atitude pode mudar e melhorar a vida do outro, que a nossa conscientização vai contribuir para que retomemos a normalidade da nossa rotina o mais breve possível. Enfim, a pandemia vai deixar um recado de valores, de solidariedade, de ajuda mútua, de cooperação, de entender que um ser humano necessita do outro. Não tenho nenhuma dúvida que a hora que isso tudo acabar nós teremos uma sociedade, uma comunidade, e acima de tudo, pessoas melhores.
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