A Secretaria de Educação de Blumenau confirmou na manhã desta segunda-feira (30) que 27.728 estudantes da rede pública se cadastraram para aulas on-line. O número representa 82% dos 33.508 alunos que estão matriculados em escolas do município. Desses que fizeram cadastro, 26.064 (78% do total) declararam ter acesso à internet.
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Agora, a prefeitura de Blumenau aguarda a votação do plano de aulas a distância pelo Conselho Municipal de Educação. A partir daí, a pasta responsável pela educação poderá divulgar as diretrizes didáticas — o que deve ocorrer na transmissão ao vivo do prefeito Mário Hildebrandt (Podemos), às 18h45min.
A principal preocupação é com os 5.780 estudantes que não se cadastraram junto à prefeitura. O Executivo trabalha com a possibilidade de que alguns tenham deixado passar o prazo, porém sabe que muitos alunos não têm acesso à web.
A secretária de Educação, Patrícia Lueders, diz que a plataforma on-line de ensino não irá conseguir abranger toda a rede, e que a prefeitura já tem um plano analógico — digamos assim — para que nenhuma criança ou adolescente tenha prejuízo nos estudos.
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— Temos uma parcela [de alunos] que não tem acesso, e nós vamos ter que garantir esses estudos a todos — reforça a secretária.
Escola particular adotou aulas a distância semana passada
Na Escola Internacional Unisociesc, no Jardim Blumenau, as aulas pela internet começaram na última semana. Por lá funciona assim: por um aplicativo acessado por pais e estudantes, o colégio envia o conteúdo que será aplicado no dia, e um link por onde será dada a aula online.
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O professor, então, ministra a aula normalmente e o vídeo não fica disponível depois — o objetivo é fazer com que o aluno acompanhe a aula como se fosse pessoalmente, explica a diretora pedagógica Denise Voltolini. Por essa plataforma, a escola consegue saber, também, quem acessou o link e quem não acessou, dando falta àqueles que não assistiram à aula.
A diretora diz que a escola teve de se virar nos 30 para organizar as aulas remotas de um dia para o outro, e que os professores e alunos vêm se adaptando nos últimos dias a essa metodologia alternativa de ensino. Mas vem dando certo. Mesmo assim, destaca Denise, o sucesso desse método (tanto para colégios particulares, quanto para públicos) só ocorre com engajamento familiar.
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— É um desafio bem grande, porque a gente colocou a escola toda em aulas virtuais. São alunos a partir de seis anos, até os maiores, que têm mais facilidade de lidar com essa ferramenta. Não tivemos tempo de programar, então fomos buscar como fazer, preparar professor, preparar aulas, treinar família — explica Denise Voltolini.