Os 12 corintianos presos em Oruro, na Bolívia, seguem aguardando o agendamento de um novo julgamento para responder o pedido de recurso para que eles respondam o processo em liberdade. Em entrevista ao canal FoxSports, eles desabafaram e criticaram, principalmente, a velocidade com que anda o caso deles na Justiça local.
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Filiado à Gaviões da Fiel, o comerciante Tadeu de Macedo deixou claro que, se depender dos bolivianos, a sua situação, juntamente a dos outros 11 torcedores, ficará ainda mais difícil.
– A justiça boliviana anda a passos de tartaruga. Se a gente depender deles vamos ficar seis meses, depois renova a prisão preventiva por mais seis… Eu sei que se a gente depender deles, nossa situação vai continuar muito complicada – disparou.
Tadeu também ressaltou as dificuldades que os detidos têm passado na penitenciária de São Pedro. Até a altitude ainda incomoda.
– É difícil. A questão do clima vem pesando muito para gente. Uma hora está frio, outra calor. A altitude também dá dor de cabeça às vezes – afirmou.
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As investigações por parte da polícia boliviana continuam. Após negar um último pedido de habeas corpus, a defesa dos corintianos enviou um novo recurso. Nele, fixou o depoimento do menor H.A.M., que se entrou à vara da Infância e Juventude, em Guarulhos, confessando o disparo do sinalizador que matou Kevin Beltran Espada, no jogo entre Corinthians e San José (BOL). As imagens com ajuda de peritos, feitas pelo programa “Fantástico”, da TV Globo, também ajudarão na defesa.
Para ajudar no pedido de responder o processo em liberdade, os advogados dos uniformizados providenciaram uma casa em Chochambamba, a 200km de Oruro, para eles apresentarem residência fixa. O grito dos 12 detidos, neste momento, é por uma só razão:
– Eu não quero nada além da minha liberdade. Sou um inocente. Viemos assistir o jogo do Corinthians, que é a nossa maior alegria. Já viajamos pelo mundo todo, até para o Japão a gente foi. Não tivemos nenhum problema – disse Hugo Nonato, motoboy e membro da Pavilhão Nove.