O joinvilense Jairo do Nascimento, que atuou como goleiro no Corinthians, no Coritiba e no Fluminense, terá seu tratamento de saúde garantido pelo "Timão". Jairo tem 72 anos e recentemente foi diagnosticado com um tipo raro de câncer no rim. Ele não tem plano de saúde e o SUS não cobre o tratamento, que custa R$ 9 mil por mês. Nesta semana, no entanto, o Corinthians informou a família do ex-jogador que irá pagar pelos medicamentos. As informações são do Globo Esporte.

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Segundo a página, o time já enviou as caixas dos medicamentos que cobrem dois meses de tratamento, e o presidente do time, Andrés Sanchez, garantiu ao filho do joinvilense, Jairo Nascimento Filho, que continuarão pagando pelos medicamentos até o fim do período necessário, que é de 12 meses.

A família havia iniciado uma campanha na internet, por meio de uma "vaquinha virtual", para arrecadar fundos para o tratamento. Eles já tinham o dinheiro para os dois primeiros meses e esperavam conseguir R$ 90 mil por meio do financiamento coletivo, que seriam necessários para os outros dez meses. Até a noite desta quinta-feira, 27, haviam sido arrecadados R$ 47.161,27. O tratamento é composto por três medicamentos que podem ajudar a prolongar a vida do ex-atleta.

Jairo nasceu em Joinville e começou a treinar aos 14 anos na categoria de base do Caxias Futebol Clube (que depois uniria-se ao América Futebol Clube para tornar-se o JEC). Aos 16, passou a jogar profissionalmente no time.

Na mesma época, deixou o emprego na fábrica de refrigeradores da Consul para dedicar-se somente ao futebol e, aos 17 anos, já estava a caminho do Rio de Janeiro para ser treinado pelo técnico Telê Santana e ser reserva do então goleiro da Seleção Brasileira, Félix, que era o goleiro titular do Fluminense.

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O joinvilense ficou dois anos e meio no time carioca, onde passou boa parte do tempo como reserva, antes de ser contratado pelo Coritiba, na capital paranaense. Lá, permaneceu por 12 anos e iniciou sua fama de invencibilidade: ficou o equivalente a 905 minutos sem tomar gol.

Na mesma época, foi convocado algumas vezes para integrar a equipe da Seleção Brasileira, mas sua única partida oficial foi em uma partida do Brasil contra o Uruguai, no Maracanã, em um jogo válido pela Taça Atlântico e Copa Rio Branco.

Em 1976, foi para o Corinthians, onde confirmou a fama: em 1978, como titular, passou quatro meses sem tomar gol, em um total de 1.131 minutos, considerado um recorde no Campeonato Brasileiro até hoje. No Corinthians, realizou 189 jogos.

Encerrou a carreira como jogador em 1991, depois de também passar pelo Náutico e pelo Atlético de Três Corações (MG). Em 2005, foi técnico do Operário de Mafra (SC). Nos últimos anos, dedicou-se a atuar como professor em escolinhas de futebol em Curitiba.

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