Se a Coreia do Sul fracassar neste domingo contra a Argélia, é bom o técnico Hong Myungbo se preparar. São 400 os jornalistas credenciados para a partida no Beira-Rio. Um exército de repórteres de olhos puxados ávidos pela decisão deste domingo. Tantos que faltou lugar na sala de conferências do estádio – são cerca de 150 assentos. Nem França e Holanda, potências do futebol mundial, arrastaram tantos jornalistas.

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Mesmo que alguns jornalistas garantam uma boa relação com Hong, ele estava para pouca conversa neste sábado. Deu respostas óbvias, algumas com certa ironia, e mostrou-se incomodado quando especulou-se sobre mudanças no time. Mas se trata de um ídolo do futebol sul-coreano. Apelidado de “Eterno líbero”, tem quatro Copas como jogador, a última delas a de 2002, a do quarto lugar em casa, quando foi capitão.

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– Ele tem boa relação com a imprensa, a convivência é pacífica, tranquila – diz o repórter Kim Heung Soon, do Asia Business Daily.

Entre os jornalistas, alguns nomes conhecidos dos coreanos. Caso do ex-meia-atacante Ahn Jung-Hwan. Ele ficou famoso no mundo inteiro ao fazer o gol de ouro sobre a Itália na Copa de 2002. Enfurecido com a queda da seleção, o presidente do Perugia, clube onde jogava, disse que Ahn era persona non grata na cidade. O gol e sua trajetória no futebol fizeram sua opinião valer ouro. Ahn foi companheiro do atual técnico na seleção.

Myungbo faz mistério com relação ao time. Diz que ainda observará o último treino e levará em conta os três dias de trabalho desde o empate com a Rússia. Também pretende analisar um pouco mais a Argélia. Diz se tratar de um time de jogadores fortes, mais corpulentos, e isso influenciará em suas decisões.

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O volante Ha Daesung, com lesão no tornozelo, nem foi ao campo treinar. A aposta dos coreanos é de que a dupla de ataque Park Chu-Young, do Watford-ING, e Son Heung-Min, do Bayer Leverkusen, desencante. Uma derrota pode deixar espinhosa a missão dos coreanos no Brasil. E eles não são poucos.

*ZH Esportes