A Coreia do Norte libertou nesta terça-feira um sul-coreano detido em julho por “entrar ilegalmente” no país, anunciou o ministério para a Unificação da Coreia do Sul, mais um sinal do avanço nas relações entre os dois Estados após uma reunião de cúpula em abril.
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O regime de Pyongyang informou na segunda-feira ao governo de Seul a decisão de libertar o homem, detido por atravessar a fronteira em 22 de julho, indicou o ministério em um comunicado.
“Nosso lado recebeu na terça-feira um cidadão sul-coreano chamado Seo, nascido em 1984, em Panmunjom às 11H00” (23H00 de Brasília, segunda-feira), afirmou o ministério, em referência à localidade na zona desmilitarizada que divide os dois países.
“O governo aprecia positivamente a repatriação (…) feita por razões humanitárias”, completa a nota oficial, sem apresentar mais detalhes.
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As relações entre as duas Coreias melhoraram consideravelmente após a reunião de cúpula entre os governantes dos dois países em abril.
Uma fonte ministerial que pediu anonimato afirmou à agência de notícias Yonhap que o homem estava sendo interrogado pelas autoridades sul-coreanas.
“Temos que investigar por quê entrou na Coreia do Norte e como chegou lá”, disse.
Além de Seo, outros seis sul-coreanos – três missionários cristãos e três desertores procedentes do Norte – foram detidos por Pyongyang desde 2013. Seul insiste na libertação de todos.
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O regime norte-coreano liberou três presos americanos em maio, em um aparente gesto de boa vontade antes do encontro de cúpula entre o líder do país, Kim Jong Un, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Singapura.
Desde a reunião de junho, as relações entre Estados Unidos e Coreia do Norte melhoraram, mas a prometida desnuclearização não parece avançar e Washington insiste na necessidade de manter severas sanções contra Pyongyang.
* AFP