A Coreia do Norte lançou vários mísseis balísticos partindo de sua costa leste, nesta quinta-feira (hora local), em um novo desafio de Pyongyang à comunidade internacional – informou o Ministério sul-coreano da Defesa.
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De acordo com a nota divulgada pela pasta, “a Coreia do Norte disparou múltiplos projéteis não identificados esta manhã – os quais, presume-se, são mísseis terra-mar – das imediações de Wonsan, na província de Gangwon”.
Os mísseis, de curto alcance, voaram cerca de 200 km, a uma altitude de dois quilômetros, até caírem no Mar do Japão, segundo o ministério sul-coreano.
Em Tóquio, o chanceler Fumio Kishida disse que seu país “jamais vai tolerar este tipo de provocação”, mas admitiu que os mísseis não caíram no território do Japão ou constituíram ameaça para a segurança do país.
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Este foi o quinto teste de mísseis realizado pelo regime comunista nas últimas cinco semanas, desafiando as advertências da ONU e as ameaças dos Estados Unidos quanto a uma possível resposta militar.
Na última sexta-feira (2), o Conselho de Segurança da ONU adotou uma resolução proposta pelos Estados Unidos. O texto impunha novas sanções contra autoridades e entidades norte-coreanas.
Desde o início do ano, Pyongyang fez dois testes atômicos e dezenas de lançamentos de mísseis.
No mês passado, a Coreia do Norte havia testado seu míssil balístico de maior alcance, em sua tentativa de desenvolver um que seja capaz de atingir o território continental dos Estados Unidos, com uma ogiva nuclear. O presidente americano, Donald Trump, já advertiu que “isso não acontecerá”.
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Segundo o professor da Universidade de Estudos Norte-Coreanos, Yang Moo-Jin, Pyongyang “aumentou os testes de mísseis para projetar para o mundo a imagem de que as sanções internacionais não podem dobrá-los”.
Além disso, ao experimentar novos mísseis terra-mar, “está manifestando sua insatisfação com a chegada de um submarino nuclear” norte-americano a águas sul-coreanas, acrescentou.
– Novas sanções –
As sanções impostas pelo Conselho de Segurança na sexta-feira passada atingem o chefe da espionagem norte-coreana, assim como outros 13 funcionários de alto escalão e quatro empresas desse país, por meio do congelamento de seus ativos e da proibição de viajarem para o exterior.
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O texto foi aprovado por unanimidade.
A resolução não traz algumas das sanções que o governo americano defendia no mês passado, como um embargo de petróleo, proibição sobre o transporte marítimo, ou restrições comerciais.
Entre os agregados à lista negra está Cho Il-U, que seria o chefe de espionagem externa do regime de Kim Jong-Un.
Os outros 13 nomes incluem membros do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte e chefes de empresas comerciais encarregadas das compras para os programas militares de Pyongyang.
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A força estratégica de mísseis do Exército norte-coreano, duas empresas comerciais e o Banco Koryo, vinculados a um gabinete que administra as finanças de Kim, também foram atingidos pelo congelamento de ativos.
Os 18 nomes são agregados à atual lista negra de 39 indivíduos e 42 entidades norte-coreanas que já sofrem sanções da ONU.
* AFP