O governo da Coreia do Norte anunciou nesta segunda-feira a conclusão da fase final do desenvolvimento de um novo satélite geoestacionário, que será lançado por um foguete, o que provocou protestos de Seul.
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O anúncio foi feito pelo diretor da Agência Espacial norte-coreana, em entrevista à agência oficial de notícias KCNA.
“O mundo verá voar muito claramente uma série de satélites (…) ao céu do dia e lugar determinados pelo Comitê Central” do Partido dos Trabalhadores no poder, disse o funcionário, citado pela agência.
“O desenvolvimento da exploração espacial é um direito soberano que a Coreia do Norte vai exercer, qualquer que seja a opinião dos demais a respeito”, acrescentou.
O anúncio reavivou as especulações sobre uma tentativa de lançamento de foguete de longo alcance, no mês que vem, por ocasião de uma celebração política no país.
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A Coreia do Sul reagiu afirmando que o lançamento do satélite será considerado um teste de míssil balístico, uma provocação “grave” que viola as resoluções da ONU.
“Qualquer lançamento de foguete por parte da Coreia do Norte é um ato grave de provocação”, declarou o porta-voz do ministério sul-coreano da Defesa, Kim Min-seok.
Pyongyang insiste em que esses lançamentos de foguetes estão destinados a pôr em órbita satélites de uso civil, enquanto os Estados Unidos, Seul e seus aliados dizem ser testes disfarçados de mísseis balísticos.
Um lançamento desse tipo pode deflagrar novas sanções internacionais e pôr em risco uma reunião prevista para acontecer com o vizinho do Sul entre famílias separadas pela guerra da Coreia (1950-1953).
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O Conselho de Segurança da ONU proíbe a Coreia do Norte de realizar qualquer tipo de lançamento, envolvendo tecnologia de mísseis balísticos, mas Pyongyang já fez testes de mísseis de curto alcance sem sofrer sanções.
* AFP