A Coreia do Norte confirmou nesta quarta-feira ter aceitado a suspensão de seus testes nucleares, dos lançamentos de mísseis e do enriquecimento de combustível nuclear em troca de ajuda alimentar americana, segundo a imprensa oficial do país asiático. A informação foi confirmada pelos Estados Unidos.

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Segundo o governo da Coreia do Norte, Washington prometeu fornecer 240.000 toneladas de “ajuda alimentar” e estudar uma ajuda adicional durante as negociações em Pequim na semana passada. Em contrapartida, a país permitirá que a agência nuclear da ONU, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), monitore a moratória sobre o enriquecimento de urânio.

A nação comunista indicou que o lado americano se ofereceu para discutir a suspensão das sanções e o abastecimento de reatores de água leve para gerar eletricidade como uma prioridade. Desde 2008, as negociações que envolvem as Coreias do Norte e do Sul, os Estados Unidos, a China, a Rússia e o Japão estavam suspensas. A China, principal aliado da Coreia do Norte, apelou para a retomada das negociações envolvendo os demais países.

Foi a primeira vez que ocorreram debates desde a morte a morte do presidente Kim Jong-il, que ficou 17 anos no poder, em dezembro do ano passado. O cargo foi transmitido para o filho dele, King Jong-un.

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O programa de enriquecimento, divulgado pela primeira vez em novembro de 2010, pode fornecer à Coreia do Norte um caminho alternativo para a fabricação de bombas atômicas, em adição ao seu programa de plutônio de longa data.

O país “concordou com uma moratória sobre os testes nucleares, lançamentos de mísseis de longa distância e atividades de enriquecimento de urânio em Yongbyon e permite que a AIEA monitore a moratória sobre o enriquecimento de urânio enquanto negociações produtivas forem realizadas”, informou um porta-voz de chancelaria da Coreia do Norte à agência de notícias oficial.

A Coreia do Norte realizou testes nucleares em 2006 e 2009 e acredita-se que tenha plutônio em quantidade suficiente para produzir de seis a oito armas nucleares.

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Em infográfico, veja as principais etapas do conflito entre as Coreias: