A Coreia do Norte anunciou nesta quarta-feira seu primeiro teste bem sucedido com bomba de hidrogênio, que utilizou um dispositivo “miniaturizado”, o que marca um avanço importante em seu programa nuclear caso seja confirmado.
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“O primeiro teste com bomba de hidrogênio da República foi realizado com sucesso às 10H00 local (23H30 Brasília) de 6 de janeiro de 2016, como base na determinação estratégica do Partido dos Trabalhadores” no poder, anunciou a TV estatal norte-coreana.
“Após o pleno sucesso da nossa bomba H histórica, nos juntamos ao grupo dos Estados nucleares avançados”, disse a apresentadora da TV estatal, precisando que o teste envolveu um dispositivo em “miniatura”.
“Este último teste, produto da nossa tecnologia e da nossa mão de obra, confirma que os recursos tecnológicos que desenvolvemos recentemente são eficientes e provam cientificamente o impacto da nossa bomba H miniaturizada”, destacou a apresentadora da TV estatal.
O teste surpresa da bomba H foi autorizado pessoalmente pelo máximo líder norte-coreano, Kim Jong-Un, exatamente dois dias antes do seu aniversário, anunciou a TV.
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O dirigente norte-coreano deu a entender no mês passado, em uma inspeção a uma unidade militar, que seu país havia concluído a montagem de uma bomba de hidrogênio.
A bomba de hidrogênio ou termonuclear utiliza a fusão do átomo em cadeia e provoca uma explosão mais potente que a chamada bomba atômica, que utiliza a fissão nuclear.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, qualificou o teste de “grave desafio” e “ameaça séria” à região.
“Condeno firmemente” este teste, declarou Abe à imprensa. “A prova nuclear realizada pela Coreia do Norte é uma séria ameaça à segurança do nosso país e não podemos, absolutamente, tolerar isto”.
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O premier japonês qualificou o teste de “grave desafio aos esforços internacionais de não proliferação” de armas nucleares.
O anúncio de Pyongyang foi precedido por um tremor de 5,1 graus de magnitude em uma conhecida zona de testes nucleares da Coreia do Norte, registrado pelo Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS).
O epicentro do tremor foi situado a cerca de 50 km de Kilju, na mesma zona onde se encontram as instalações nucleares norte-coreanas.
O Bureau Sismológico da China também registrou o tremor, atribuído a um “possível teste nuclear” da Coreia do Norte.
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O ministério sul-coreano da Defesa declarou que avalia as informações e o ministro das Relações Exteriores, Yun Byung-Se, convocou uma reunião de emergência.
A Coreia do Norte já realizou ao menos três testes nucleares, em 2006, 2009 e 2013, todos no sítio de Punggye-ri. As provas atômicas sempre provocaram sanções internacionais.
jhw-gh/lr