Um empreendedor sul-coreano chegou à Feira Internacional de Tecnologia da Informação e Comunicação (Cebit), em Hannover, na Alemanha, disposto a tornar lareiras e aquecedores peças de museu. A ideia é utilizar objetos de decoração da própria casa para aquecer o ambiente.
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Por meio de um controle remoto ou de um smartphone é possível ativar um moderador de temperatura escondido, por exemplo, em um retrato de casamento ou em um tapete. Desenvolvido por Kang Suk Hwan, fundador e presidente da empresa Uniplatek, a engenhoca começou a ser produzida na Coreia do Sul, que no inverno chega a registrar -15ºC. Agora, tenta conquistar os europeus e suas temporadas geladas.
– É um mercado muito tradicional e conservador, difícil de entrar. Por outro lado, os ocidentais gostam de enfeitar as paredes com quadros e pode funcionar – brincou Hwan.
Sem falar uma palavra de alemão e sem dominar o idioma inglês, a língua mais falada na feira, Hwan conta com a ajuda do sobrinho para convencer os visitantes que a sua invenção tem potencial em outros mercados. Simpático, utiliza os gestos para conquistar o possível cliente, mas cabe ao aprendiz traduzir as explicações dadas. A ajuda familiar não para por aí. O casal no retrato usado como exemplo da tecnologia é o irmão e a cunhada de Hwan.
Assim como a dupla de coreanos, milhares de outros pequenos expositores disputam a atenção de empresários e visitantes com grandes marcas, como IBM e Intel.
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Fabricantes de impressoras 3D, possivelmente o produto mais popular na feira, sabem disso. A alemã Pearl, por exemplo, permite aos visitantes brincar com exemplares de uma caneta tridimensional, que na prática imprime plástico e permite que o usuário desenhe qualquer coisa, se tiver habilidades para tanto. O expositor relata que o lançamento foi no ano passado, em Berlim, mas esse novo modelo levado a Hannover é mais barato e aperfeiçoado.
Se não tiver algum produto tão atrativo aos olhos do público, visão de negócio também conta. O interesse de Hwan pelo Brasil aumentou muito após ficar sabendo – pelo repórter – que no sul do país ocorrem invernos gelados.
– Acha que esse produto seria aceito no mercado? Tem o nome de algum empresário brasileiro para me passar? Quem sabe consigo um parceiro – questionou aos risos, mas deixando claro que as perguntas eram sérias.
O repórter viajou a convite da Fiergs