TEMER: NOVOS EQUÍVOCOS

A decisão do presidente Michel Temer (PMDB) de aumentar o PIS/COFINS sobre os combustíveis foi uma má ideia, concebida em má hora, com péssima execução. Principal liderança no comando do maior partido político, Temer se comporta muitas vezes como um amador.

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A equipe econômica, ponto alto do novo governo, sai rachada deste reajuste inoportuno, o presidente da República perde mais alguns pontos numa impopularidade inédita, as esperanças de recuperação da economia ficam reduzidas e aumentam as perspectivas de mais crise.

Outra consequência: as lideranças empresariais, que apostavam no reaquecimento imediato da economia, também sinalizam desânimo.

O Conselho das Entidades Empresariais (Cofem) emitiu nota advertindo que a alta de imposto retarda a retomada da economia, penaliza o setor produtivo e atinge toda a sociedade, já com carga tributária acima de 33% do PIB. Temer devia saber que os brasileiros rejeitam qualquer tipo de aumento de impostos. Eles pagam sempre mais, sem retorno.

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O presidente da Federação das Empresas de Transportes de Cargas de Santa Catarina, Ari Rabaiolli, bate na mesma tecla ao alertar que o aumento tributário elevará o custo dos serviços de transportes, que por sua vez incidirão sobre o preço final dos produtos aos consumidores.

Nesta batida, em agosto a investigação contra Temer pode trazer surpresas no Congresso.

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