Balé clássico de repertório

Peças pré-definidas

O regulamento prevê as obras e os trechos que podem ser apresentados nos solos masculinos e femininos, e no Grand Pas de Deux, com listas diferentes para as categorias júnior (entre 13 e 16 anos) e sênior (acima de 16 anos) no caso do Grand Pas de Deux, assim como no Meia Ponta, no qual participam bailarinos de dez a 12 anos. Esta previsão existe para garantir um limite de tempo para as apresentações e, principalmente, para que as peças executadas sejam adequadas à cada faixa etária.

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— Cada época de desenvolvimento físico do bailarino precisa ser respeitada. Não só pelo aspecto técnico, mas também para que representem papeis adequados às suas idades. O bailarino precisa compreender o personagem para interpretá-lo — explica Mônica Mion.

Qualidade artística e técnica dos intérpretes

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Os papeis adequados para cada idade são essenciais porque os bailarinos serão julgados pela interpretação, e não só pelo desempenho correto dos movimentos. Estes são muito importantes também, claro, e, no caso do clássico de repertório, os especialistas que compõem a banca de jurados sabem exatamente quais são as sequências corretas dos passos. O virtuosismo, quer dizer, a perfeição na execução de movimentos surpreendentes, como fouettés (as famosas piruetas na ponta), geralmente chamam a atenção da plateia, que adora assistir à superação dos corpos, mas não são essenciais para ganhar notas altas.

— Não é só o número de piruetas, os movimentos precisam ser bem feitos. É o conjunto de interpretação cênica e técnica que importam – afirma Mônica.

Fidelidade à versão proposta

Há diferentes versões de balés como O Quebra-nozes e Don Quixote, que tem suas coreografias montadas originalmente por Vainoven e Petipa, respectivamente, e depois remontadas por Balanchine, por exemplo. O regulamento do Festival aponta as versões a serem apresentadas e avaliam se elas foram seguidas corretamente.

Demais gêneros (neoclássico, jazz, sapateado, danças urbanas, danças populares, dança contemporânea)

Qualidade artística e técnica dos intérpretes

Todos os movimentos de dança são baseados na técnica. Mas, para além disso, o bailarino precisa mostrar o equilíbrio entre a interpretação cênica e a precisão dos movimentos, de forma que a primeira se sobressaia à segunda ao ser assistida pelo espectador.

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— Diferentemente do esporte, a dança precisa de interpretação. O bailarino está sempre à serviço de uma ideia e ele precisa articular este cruzamento para criar significado, mais do que apenas exibir habilidade técnica — afirma Thereza Rocha.

Estrutura coreográfica e inventividade

O jurado não avalia somente o trabalho do intérprete, mas também o trabalho de criação coreográfica.

— Eles estão intrincados e o que o público vê é a “trança”. O incentivo é que os coreógrafos não descansem em suas inquietações, eles precisam estar se reinventando dentro do próprio gênero — salienta Thereza.

Consistência no tema proposto

Este ponto reforça os dois anteriores: ao propor um tema, é necessário que o coreógrafo/diretor tenha coerência no trabalho final. Se os bailarinos que o representam não o compreenderem, ele pode ser malsucedido na execução e fazer o grupo perder pontos.

Como são decididos os “campeões”:

O primeiro lugar, além de ter a melhor nota, precisa receber média superior a 9,0. Por isso, às vezes, não há coreografias nesta posição, que dá direito à Noite dos Campeões.

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O segundo lugar deve ter a segunda melhor nota, e ela precisa ser superior a 8,0.

O terceiro lugar precisa ter a terceira melhor nota, e ela deve ser superior a 7,0.

Serviço:

O QUÊ: Mostra Competitiva do 35º Festival de Dança de Joinville

QUANDO: 20, 21, 22, 23, 25, 26, 27 e 28 de julho, às 19 horas

ONDE: Centreventos Cau Hansen (avenida José Vieira, 315, América, Joinville)

QUANTO: ingressos com valores que variam de R$ 22 a R$ 106, à venda no Ticket Center e na bilheteria do Centreventos Cau Hansen