Os profissionais que atuam nas diferentes instituições educacionais estão trabalhando incansavelmente para melhorar as relações socioemocionais existentes na escola. Abordar temas como preconceito, discriminação, diferenças de gênero e autoestima nas diferentes disciplinas contribui para combater a triste realidade escolar na qual impera o desrespeito. Busca-se hoje, de maneira mais efetiva, ativar ações em que crianças, jovens e adultos percebam a importância da aprendizagem socioemocional, a qual acontece quando aprendemos a ter empatia, isto é, aprendemos a nos colocar no lugar do outro, compreender como o outro se sente e como vê o mundo. Junto com a aprendizagem socioemocional, as escolas devem trabalhar as habilidades de cooperação e o trabalho em equipe.

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Focar no “outro”, questão ainda distante na educação brasileira, é uma forma de ajudar desde cedo as crianças a cultivarem o carinho e a compaixão, enfatizando que todos devem estar prontos para ajudar. Para que assumam o lugar de agentes de transformação, crianças e jovens precisam ter acesso a uma educação que contemple e priorize competências como criatividade, trabalho em equipe, proatividade e empatia.

Tão importantes quanto a matemática ou línguas, essas competências ainda são desconsideradas por escolas, profissionais da educação, gestores e famílias. No sistema dinamarquês, considerado um dos pioneiros a discutir esse tema, “aprender” empatia é tão importante quanto aprender as disciplinas curriculares, e os currículos das escolas são construídos de tal forma a incorporar a ¿empatia¿ como uma disciplina.

A empatia é uma habilidade crucial para a vida, tanto de crianças e jovens como de adultos. Apesar da relevância do tema, o qual já vem sendo discutido e aplicado em vários países do mundo, levar a empatia para as escolas brasileiras ainda é um desafio. As escolas devem incluir esse tema rapidamente em seu dia a dia e nos currículos, pois assim darão passos largos para a consolidação de uma educação que desenvolverá o ser humano de forma integral.

*Roseméri Rocha Linhares é pedagoga e especialista em planejamento pedagógico em Florianópolis

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