A esperança que a torcida uruguaia tinha de ver a história de 1950 se repetir cerca de 74 anos depois, ficou mais distante com aexpulsão de Luís Suárez desta Copa do Mundo.
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O coordenador técnico do JEC, Sérgio Ramirez, que já defendeu a seleção do Uruguai, considerou exagerada e muito severa a punição da Fifa de expulsar o atacante de nove jogos oficiais da seleção e de afastá-lo por mais quatro meses de competições futebolísticas.
– O desempenho do Uruguai na Copa ficará comprometido já no próximo jogo contra a Colômbia. A seleção confiava nele. Isso ficou muito claro quando o capitão do time deu entrevista falando que não acreditava que o Suárez seria expulso. A população de 3,5 milhões de uruguaios perdeu uma referência — analisa Ramirez.
Para tentar mostrar o quanto o atacante representa para o país, Ramirez disse que o sentimento de revolta e tristeza dos uruguaios é o mesmo que a torcida brasileira teria caso a seleção perdesse Neymar. Para ressaltar ainda mais o problema que o time uruguaio terá pela frente, o coordenador técnico do JEC é enfático: ele acha que não há jogador do mesmo nível de Suárez para a assumir o ataque.
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– Foi um golpe muito duro. Eu não me lembro de outro jogador que tenha sido penalizado de forma tão severa como Suárez – fala Ramirez.
Ramírez também compara a punição de Suárez com a penalidade aplicada para o lateral-esquerdo Leonardo, da seleção brasileira na Copa de 1994. Na época, ele foi expulso do jogo depois de dar uma cotovelada que causou uma convulsão no lateral-direito dos Estados Unidos e suspenso de uma partida.
Além disso, Ramirez falou que a seleção uruguaia não será a única prejudicada com essa atitude da Fifa, pois a Copa do Mundo também perderá um dos principais astros que tornam a competição um espetáculo.
Ramirez também já foi alvo de polêmica
O uruguaio Sérgio Ramirez, 60 anos, também já se envolveu em uma polêmica quando jogava pela seleção de seu país em 1974.
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Na época, um lance protagonizado por ele em uma partida contra o Brasil ganhou bastante repercussão. A partida realizada no Maracanã em abril de 1976, ficou famosa depois que o defensor do Uruguai correu atrás do meia-esquerda Roberto Rivellino e tentou agredi-lo.
A briga não ocorreu porque o brasileiro foi mais rápido e desceu escorrendo a escada que dava acesso aos vestiários.