O cooperativismo catarinense continua em ascensão. Em 2012, as 263 associadas da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) expandiram em 12,72% as receitas totais, que ultrapassaram os R$ 17 bilhões. Este foi o quarto ano de crescimento consecutivo após a crise financeira internacional de 2008 e 2009.
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O quadro social teve expansão de 16,29% ao alcançar a marca de 1,464 milhão de pessoas envolvidas no segmento estadual o que, considerando as famílias cooperadas, representa quase metade da população do Estado vinculada ao cooperativismo.
Ao apresentar estes números, ontem, em reunião no Hotel Majestic, em Florianópolis, o presidente da Ocesc, Marcos Antônio Zordan, destacou que, no ano passado, o setor voltou a investir na base produtiva, na diversificação de produtos e serviços e na qualificação de funcionários, dirigentes e associados.
Mais empregados, maior patrimônio
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No quesito desempenho, as cooperativas do Estado apresentaram aumento de 11,72% no número de empregados (passando a 42.634 colaboradores) e elevaram em 25,91% o pagamento de impostos, somando R$ 1,03 bilhão, além de fechar o ano com um patrimônio líquido 15% maior, de R$ 5,53 bilhões.
As cooperativas dos ramos agropecuário, da saúde, do crédito, do consumo e de infraestrutura e transporte registraram o movimento econômico mais expressivo. Um dos maiores desafios para os produtores, segundo Zordan, é o abastecimento de grãos. A promessa do governo federal de estimular a construção de silos no Estado, com a construção de uma unidade para 50 mil toneladas em Xanxerê, não tem o apoio da Ocesc.
_ Somos contra porque, normalmente, estes silos acabam custando o dobro do que o normal, porque são custeados pelo governo. Sem contar a dificuldade maior de operar estas estruturas. Quanto mais distante o governo, pior para ter manutenção e pagamento das despesas _ opina Zordan.
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Para o presidente da organização, a medida do governo ajuda, mas não resolve o problema do abastecimento. As cooperativas catarinenses gostariam de investir R$ 600 milhões em novos silos, o que aumentaria a capacidade de armazenagem da safra do Estado dos atuais 40% para 90%. Mas a Ocesc ainda não recebeu a confirmação de uma linha de crédito mais acessível pelo BNDES.