Um homem que foi contratado por uma cartomante de Chapecó para matar a mulher do ex-marido de uma cliente dela vai a júri popular no dia 25 de novembro. O crime aconteceu no dia 3 de junho de 2019 e, desde então, o suspeito está preso preventivamente.
Continua depois da publicidade
> Receba as principais notícias de Santa Catarina pelo Whatsapp
O homem de nacionalidade paraguaia abordou Maria Aparecida Moraes, de 48 anos, em frente a uma agência bancária na avenida Getúlio Vargas, no centro de Chapecó. O suspeito parou a moto, esperou a vítima sair do carro, puxou a bolsa dela e deu três disparos.
Dois acertaram a cabeça de Maria Aparecida. Ela foi conduzida ao Hospital Regional do Oeste, passou por cirurgia e se recuperou. O paraguaio foi preso no mesmo dia.
O crime foi tratado inicialmente como uma tentativa de latrocínio (roubo com morte). Durante o processo, porém, as autoridades descobriram que o ataque foi planejado e encomendado por uma cartormante. Ela foi procurada por uma mulher que buscava reconciliação com o marido.
Continua depois da publicidade
O trabalho da cartomante, que custou cerca de R$ 300 mil, não deu certo e, por isso, a profissional propôs o homicídio da atual companheira do homem, segundo informações do Tribunal da Justiça de Santa Catarina.
O marido da cartomante foi até o Paraguai e buscou o autor dos disparos. O suspeito recebeu a orientação de simular um latrocínio. Foram prometidos a ele R$ 35 mil, sendo que R$ 15 mil foram pagos antecipadamente.
> Alta nas mortes de idosos por Covid alerta para dose de reforço
Agora, o acusado, que está preso há 2 anos e 4 meses, será julgado, em júri popular, por tentativa de homicídio qualificado — por ter sido cometido mediante pagamento ou promessa de recompensa e pelo emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima —, porte ilegal de arma de fogo com numeração raspada e uso de documento falso.
A cartomante e o marido serão julgados em outra data porque o advogado deles comprovou que estará trabalhando na mesma data em outro júri. A cartomante segue presa preventivamente, e o homem está foragido, mas tem a prisão preventiva decretada.
Continua depois da publicidade
> Violência no trânsito deixa ao menos 8 mortos no Estado
A quarta suspeita de participar do crime, que está sendo tratada como mandante, será julgada em outro processo. Isso porque a defesa dela conseguiu que fosse instaurado um incidente de insanidade mental. A acusada também será julgada em um júri popular separado. Ela teria buscado o serviço da cartomante e mandado matar a mulher do ex-marido dela.
Inicialmente a acusada estava foragida. Depois, a suspeita foi presa preventivamente e recorreu da decisão. O Tribunal de Justiça de Santa Catarina concedeu o habeas corpus e a mulher responde em liberdade.
Leia também
SC soma 200 denúncias por mês envolvendo injúria racial
Vereador “lobisomem” faz vídeo em cemitério de Florianópolis