Os números de contratação e demissões em 2012, em SC, relembram a economia do Estado no pós-crise de 2009. A queda acentuada, que aparecia nos dados do ano passado, persistem de forma acelerada. Divulgados nesta sexta-feira, pelo Ministério do Trabalho (MTE), revelam que o saldo foi uma queda de 29,15% no ano passado ante 2011.

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Os piores anos da economia catarinense. Assim pode ser classificado o último biênio para o Estado. Em 2011, houve uma queda de 25,2 mil empregos e, no ano passado, foram outros 18,6 mil vagas fechadas.

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O cenário que aparece na soma dos dois anos é uma forte queda de 76,17%, que em nada lembra 2010, quando os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do MTE, apontavam um saldo de 112,4 mil vagas.

Em 2012, três dos quatro principais segmentos econômicos, comércio, serviços e construção, partilham esta queda, com cerca de 5 mil demissões a mais do que o nível de contratações em cada um deles.

Apenas a indústria, que havia sofrido uma grave retração – 66% de queda no ano anterior -, conseguiu apresentar crescimento em 2012, subindo 11,2%. Os subsetores que ajudaram a sustentar este número foram a mecânica, as empresas madeireiras e as têxteis. A metalurgia teve um crescimento de apenas 882 vagas, depois de ter um saldo de 7,3 mil vagas, em 2010, e 3,4 mil, no ano seguinte.

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A realidade catarinense é semelhante à nacional. No país, o saldo líquido de 1.301.842 empregos formais, em 2012, foi o pior resultado anual desde 2009, quando foram criadas 1.296.233 novas vagas com carteira assinada.

Em relação aos 1.944.560 empregos criados em 2011, a queda foi de 33,05%, com ajuste. O secretário de Políticas Públicas de Emprego do MTE, Rodolfo Torelly, afirmou que o objetivo do governo é fazer com que o Brasil volte a gerar cerca de 2 milhões de empregos formais em 2013.

– O ministério espera que, com as medidas tomadas pelo governo, o patamar de geração de empregos possa voltar a 2 milhões em 2013 – afirmou, citando as desonerações da folha de pagamento e de outros tributos, incluindo as recentes medidas de barateamento do custo da energia elétrica.

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