Contrastes europeus no Salão de Genebra

Marca registrada do Salão de Genebra, na 83ª edição que se encerra neste domingo, todos os tipos de carro têm seu espaço.

Democraticamente, 900 modelos de 40 países, compactos, luxuosos sedãs, ousados esportivos e fascinantes modelos conceito ocupam os nove pavilhões do Palexpo. Os veículos movidos por fontes alternativas e híbridos avançam e, além dos pequenos elétricos, estão em todos os estandes. Não apenas nos fabricantes dos veículos urbanos mas muito mais nos carrões de alto desempenho. Todos mobilizados para a redução do consumo de combustível e preservação do ambiente.

As estrelas europeias de Genebra combinam o sistema de propulsão híbrida (motor a combustão e elétrico), como ocorre também em supercarros de montadoras americanas, japonesas, sul-coreanas, chinesas e indianas.

Quarenta fabricantes mostram cerca de uma centena dos chamados carros verdes, de baixas emissões de gás carbônico com propulsores movidos a álcool, gás natural biogás ou célula de combustível (hidrogênio).

A tecnologia facilitou a redução de consumo também nos motores a gasolina e diesel. Os pequenos chegam a percorrer cem quilômetros com quatro litros de combustível. Os de alto desempenho fazem a mesma distância com médias de cinco e seis litros.

Plugados na tomada

Se os governos dos países europeus – como fez a Alemanha em 2011 – concederem benefícios fiscais, a procura por carros elétricos e híbridos aumentará, ajudando na recuperação das vendas no Velho Continente. Genebra mostra não só a preocupação, mas a rápida evolução das fontes alternativas.

Os principais fabricantes contam com modelos cada vez mais aperfeiçoados em todos os segmentos. O desenvolvimento de novas tecnologias, principalmente híbridas, que combinam motores elétricos com propulsores a combustão (gasolina, diesel, etanol, gás natural e biogás), colabora decisivamente na redução do consumo de combustível e das emissões.

O sistema plug-in, que permite a recarga da bateria em tomadas domésticas, facilitará o uso urbano do carro elétrico. O condutor poderá “reabastecer” seu veículo na garagem. Em caso de urgência, a recarga rápida poderá ser feita em estacionamentos ou postos especiais. Nos próximos anos, será a vez do uso da célula de combustível, presente em diversos modelos expostos no Palexpo (centro de eventos em Genebra). No entanto, ainda está longe das linhas de montagem pelos altos custos de produção e à necessidade de ter redes próprias de abastecimento.

Gilberto Leal viajou a convite da Audi Brasil