O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) recusou, nesta quarta-feira, o pedido da Volkswagen para manter a fabricação da Kombi por dois anos, sem os equipamentos de segurança que serão exigidos a partir do ano que vem: airbag e freio ABS.

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– Todas as montadoras tiveram o tempo necessário para adequar a sua linha de produção à resolução 311/2009-312/2009 – disse o presidente em exercício do Contran, Morvam Duarte.

Segundo o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, a exceção para a Kombi seria um retrocesso do ponto de vista do que o governo está fazendo para reduzir o número de acidentes de trânsito. De acordo com o ministro, a Kombi deixou de ser fabricada há mais de 30 anos, na Alemanha, e há 20 anos, no México, por exemplo, por não conseguir ser adaptada para receber os novos equipamentos de segurança.

– Os carros brasileiros têm um preço que temos de exigir, no mínimo, uma contrapartida de segurança veicular. A vida das pessoas não tem preço – disse Ribeiro.

Em relação ao número de trabalhadores que ficarão desempregados com a desativação da linha de montagem da Kombi, o ministro disse que eles poderão ser realocados para outras linhas de montagem.

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Segundo representantes da Volkswagen e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC que estiveram presentes à reunião do Contran, a linha da Kombi emprega aproximadamente mil pessoas. Ribeiro disse que somente agora, a 15 dias da entrada em vigor da nova exigência, a montadora procurou o Contran para fazer esse pedido. O Conselho Nacional de Trânsito, diretamente subordinado ao ministro da Justiça, é o órgão máximo normativo e coordenador da política e do Sistema Nacional de Trânsito.