Judson compensa a discrição no decorrer dos 90 minutos com a assiduidade nas escalações do Avaí. Às 16h deste domingo, diante do Sport, na Ilha do Retiro, o volante vai para a 20ª partida em defesa do Leão – atrás dos laterais Leandro Silva e Capa, com 21 jogos. Marca expressiva ainda mais por se tratar da primeira vez que disputa a elite do Campeonato Brasileiro. As roubadas de bola, os carrinhos e o fôlego não são dados em vão.

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No Leão desde o ano passado, na campanha de acesso à elite, Judson assumiu a tarefa de proteger a zaga azurra e tem feito trabalho que lhe faz identificado com o clube. Há um número que comprova: na partida contra a Chapecoense, na rodada que antecedeu a parada no Brasileirão e que terminou com a vitória avaiana por 1 a 0, ele fez 64 jogos com a camisa do Avaí. É a mesma quantidade de partidas que havia disputado pelo América-RN, time em que se tornou profissional e que mais defendeu, até então. Neste domingo, fora de casa, vai superar a marca conquistada no estado natal.

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— O início de carreira foi um pouco complicado, tive cinco anos de América-RN e apenas em 2014 e 2015 que joguei no elenco profissional. Mas antes disso fui emprestado pra times do interior do Rio Grande do Norte, pra disputar o estadual. Depois, consegui ficar na equipe principal e fazer os 64 jogos. Mas já alcancei essa marca em um ano e meio de Avaí — comemora.

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O volante de 1,69m chegou ao Avaí no início de 2016. Depois de uma lesão no púbis e da perda da titularidade, retornou à equipe ainda durante a Série B do ano passado. Participou da recuperação do time e do acesso à primeira divisão. Desde então, tem sido nome frequente na escalações do técnico Claudinei Oliveira. Ganhou espaço, confiança e identificação.

— Eu me adaptei muito bem à cidade, foi rápida a adaptação da minha família também. Cheguei primeiro, fiz a pré-temporada, logo depois as minhas filhas (Thauany, 10 anos, e Samyra, 2) chegaram junto com a minha esposa (Erika) — lembra.

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A marca de partidas com a camisa do Avaí importam, mas o objetivo de Judson não está no número de vezes em ação com o escudo no peito. É consequência da missão principal dele e de seus companheiros nesta temporada: a permanência na Série A. O triunfo sobre a Chapecoense trouxe mais confiança ao time, porém há muito mais pela frente.

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— Foi importante, era uma briga direta pelo Z-4, apesar de não termos passado eles na classificação. Sabemos que está muito embolada a parte de baixo, mas temos de continuar nessa batida. Se for como este início de returno, eu tenho certeza que a gente fica na Série A. Nosso grupo de trabalho é excelente. A gente tem em mente aquilo que o professor tem desejado, tentamos botar em prática dentro de campo o que nos pede. Vamos trabalhar para que tenhamos outra felicidade no final do ano — espera o volante.

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