Dois dias depois da cassação do mandato de Dilma Rousseff, Joinville recebeu o segundo protesto contra o governo de Michel Temer, que assumiu a presidência. Na noite desta sexta-feira, cerca de 300 pessoas (segundo informações da Polícia Militar) caminharam pelas ruas centrais da cidade com faixas e gritos de guerra. Era uma forma, segundo o estudante Yan Pedro, que colaborava na organização da manifestação, de conscientizar a população sobre os últimos acontecimentos no País.
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– É preciso que fique claro que o grupo pede a saída de Michel Temer mas não defende a volta de Dilma Rousseff por entender o quão dividido o país está. É um protesto a favor de novas eleições – afirmou o jovem.
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A concentração do protesto ocorreu na Praça da Bandeira, no centro, onde representantes de diretórios estudantis e movimentos sociais conversaram com os participantes expondo suas opiniões e chamando atenção para pontos críticos, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, que congela os gastos públicos por 20 anos; e a escolha de Alexandre de Moraes para ministro da Justiça. Segundo os manifestantes, trata-se de um golpe nos direitos da população.
A manifestação foi chamada pelo Movimento Passe Livre (MPL), mas organizada com apoio de diversos movimentos e grupos sociais da cidade. Grupos de estudantes universitários eram maioria entre os protestantes, que deixaram a praça da Bandeira por volta das 19h20 e caminharam pelas ruas do centro da cidade.
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Segundo uma representante do MPL, novas manifestações serão preparadas para os próximos dias, ainda sem data para acontecer.