Interino que virou solução, o técnico da Chapecoense, Emerson Cris, completa nesta quarta-feira um mês no comando do time do Oeste catarinense. Em 11 de setembro, um dia após a derrota em casa para o Cruzeiro, o técnico Vinícius Eutrópio foi demitido. Com o bastão em mãos, ele superou a desconfiança inicial e ganhou apoio da diretoria, dos atletas e da torcida. Contra o Botafogo, às 19h30min, no Engenhão, a vitória será a cereja do bolo para o treinador.

Continua depois da publicidade

A solução de Cris foi aumentar o diálogo. Ele chamou os jogadores para mais perto, trocou ideias com o grupo e aceitou sugestões. Entre elas, a de não mudar muito o esquema em que o time vinha atuando. Com estilo humilde e aberto, conquistou a todos. Taticamente, uma das mudanças foi promover a entrada de Alan Ruschel, com quem trabalhou na recuperação.

— Quando você pega um grupo de jogadores experientes como é no nosso caso, que temos aqui jogadores com muita rodagem em outras equipes, que já passaram por situações semelhantes, que tem uma vasta experiência até internacional, sabe que uma situação ruim pode prejudicar a todos. Eles sabiam das dificuldades que estávamos enfrentando e pela qualidade desses jogadores todos sabiam que a gente podia sair dessa situação. A gente só colocou uma responsabilidade compartilhada, eles entenderam a ideia e a coisa começou a andar — disse.

No primeiro jogo, empate sem gols com o Flamengo. Se o placar não foi bom, a atitude agradou e ele continuou no cargo. Depois, venceu o Grêmio, em Porto Alegre, por 1 a 0. E aí a direção parou de procurar um técnico no mercado. Apesar da eliminação na Copa Sul-Americana com derrota por 4 a 0 para o Flamengo, na volta do Brasileirão derrotou a Ponte Preta por 1 a 0 e empatou com o Vasco por 1 a 1, fora de casa.

Uma das ações do treinador foi fortalecer o setor defensivo, que era um dos piores do Campeonato Brasileiro. Ele também pediu para os laterais avançarem menos, além de colocar três volantes e fortalecer a marcação.

Continua depois da publicidade

— A gente resgatou uma identidade, uma coisa que vinha buscando, uma pegada forte uma marcação, que o torcedor já está acostumado. A gente conseguiu isso e vamos manter essa mesma pegada diante do Botafogo e nos outros jogos — destacou.

Mudanças no time titular

Para o jogo diante do Botafogo, o treinador terá o retorno do volante Canteros, recuperado de lesão. Ele entra no lugar de Elicarlos. O atacante Túlio de Melo também volta ao time titular, pois Arthur Caike não treinou em virtude de uma amigdalite.

Um empate fora não é considerado ruim. A Chapecoense está na 12ª posição, com 32 pontos, a dois da zona de rebaixamento. Teoricamente, faltam 13 pontos em 12 jogos para permanecer na Série A.

Emerson Cris espera continuar até o final do ano, mas não faz planos para 2018, pois não pretende queimar etapas. Ele quer finalizar o curso de Educação Física e fazer a carteira de treinador nível “A” da CBF. Enquanto isso, pode garantir a primeira estrela no currículo se ajudar a Chape a alcançar o seu objetivo.

Continua depois da publicidade

Ficha técnica

Botafogo: Gatito Fernandez, Arnaldo, Joel Carli, Igor Rabello e Victor Luís; Bruno Silva, João Paulo, Rodrigo Lindoso e Matheus Fernandes; Brenner e Rodrigo Pimpão. Técnico: Jair Ventura.

Chapecoense: Jandrei, Apodi, Grolli, Fabrício Bruno e Reinaldo; Moisés Ribeiro, Lucas Mineiro, Canteros e Alan Ruschel; Túlio de Melo e Wellington Paulista. Técnico: Emerson Cris.

Data e horário: nesta quarta-feira, às 19h30min.

Arbitragem: Leandro Pedro Vuaden, auxiliado por José Eduardo Calza e Maurício Coelho Silva Penna.

Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro.

Leia outras informações sobre a Chapecoense

Acesse a tabela da Série A do Brasileirão