O aumento da tarifa de ônibus em Joinville, que passou a valer a partir da zero hora desta segunda-feira, tem gerado protestos nas redes sociais. O reajuste da passagem antecipada de R$ 3,70 para R$ 4 representa um aumento de 8,1%. A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ficou em 7,39% nos últimos 12 meses e em 6,99% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Além do protesto convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL), que será realizado às 18 horas desta segunda-feira, dois eventos foram criados no Facebook por causa do aumento da tarifa.
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Um usuário criou um evento para incentivar as pessoas a não pegarem ônibus na próxima sexta-feira, dia 13 de janeiro. Ao invés disso, sugere que as pessoas se locomovam de carro, moto, bicicleta ou até mesmo a pé. O evento tem mais de 150 pessoas confirmadas.
Os administradores da página de entretenimento ÉÉÉguaaa criaram o evento Carona Solidária. O objetivo é economizar, reunindo pessoas que façam o mesmo trajeto e combinando as caronas. A página também tem cobrado a divulgação das planilhas técnicas utilizadas para justificar o aumento na passagem.
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– A população quer saber quais os custos e lucros que vocês têm em cima da população – diz a publicação, que tem mais de 1900 compartilhamentos.
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A Prefeitura diz que o aumento da passagem atendeu às planilhas das empresas Gidion e Transtusa e da Secretaria de Infraestrutura Urbana (Seinfra), assim como aconteceu no final de 2015, quando as empresas conseguiram liminar para que os valores acompanhassem a planilha. Essa decisão também foi mantida pelo Tribunal de Justiça.
MPL convoca protesto nas ruas
Com o objetivo de barrar o reajuste no transporte coletivo, o MPL realiza uma manifestação nesta segunda-feira, a partir das 18 horas, na praça da Bandeira, ao lado do terminal do Centro.
O MPL entende que o aumento é fruto de uma aliança da Prefeitura com as empresas Gidion e Transtusa. Segundo o movimento, o objetivo principal do MPL é a tarifa zero, paga por meio de imposto progressivo, taxação de maiores impostos em terrenos e moradias abandonadas e porcentagens do estacionamento rotativo para o transporte.