Em duas das três partidas disputadas até aqui pela Série B deste ano, o Criciúma saiu na frente, cedeu o empate e levou a virada. O time sofre um abatimento cada vez que o adversário marca, e com ele vem a desorganização e o abandono do esquema tático. Para mudar esse comportamento, a palavra de ordem é evitar tomar gols no próximo sábado, diante do Luverdense. Para o zagueiro Diego Giaretta, esse é um dos caminhos para que o Criciúma saia da situação desconfortável em que se encontra no campeonato.

Continua depois da publicidade

— O que tem acontecido muito é esse apagão nosso. A gente joga muito bem o primeiro tempo, o segundo vai bem até a hora que infelizmente toma um gol, e normalmente é o de empate como tem acontecido, e parece que foi o gol de virada. O time se abate, a gente desmancha, a gene quer atacar, retirar o prejuízo, e pelo fato de se expor acaba sofrendo o segundo gol. Não é erros táticos, não é posicionamento, é uma questão de postura, de atitude. Como o momento nosso é tão critico, tem que se preocupar agora em não tomar, já que sabemos que é um peso, a gente está desmontando, vamos agora trabalhar pra não tomar — explica o jogador.

Mas trabalhar para não levar gols, reforçando o sistema defensivo, pode indicar uma mudança no esquema tático? Segundo Giaretta, não é esse o caminho, mas sim a coesão entre os jogadores para que o proposto pelo técnico Deivid possa ser executado dentro do campo. Se no Catarinense o Tigre tomava muitos gols, mas marcava mais ainda, no Brasileirão a realidade é bem diferente.

— A gente tem que se fechar e não podemos tomar gol, independente se jogar com dois zagueiros, três, linha de quatro, enfim. O momento é de sensibilidade, é entender que temos que fazer um bom jogo, e isso parte de não tomar gol, pois não estão conseguindo fazer os gols necessários — analisa.

Segundo ele, o grupo está fechado com o técnico Deivid, e consciente da responsabilidade de cada um. O treinador é quem escala, mas dentro de campo, o jogador é quem toma as decisões. Depois do início desastroso na Série B deste ano, a expectativa é dar a volta e recolocar o Criciúma na briga pelo acesso.

Continua depois da publicidade

— Acho que o principal foi o momento de reflexão de todos nós, principalmente os atletas. A gente não pode encontrar culpados e defeitos agora, pelo contrario, é o grupo, desde a comissão ate os jogadores. Estamos todos nessa e vamos procurar da mesma forma sair. Como o Deivid fala ele coloca, orienta, mas lá dentro a decisão é nossa, se optar de uma forma diferente as coisas não vão ser como ele planejou. É um momento de reflexão e de trabalho, a fase não é boa mas isso vai passar, e só vai passar a partir do trabalho — projeta.

Leia mais:

Jogadores do Criciúma firmam pacto para jogar por Deivid, revela executivo de futebol

Rodrigo Faraco: Deivid e o Criciúma em uma fase perdedora

Sem pontuar na Série B, Deivid, técnico do Criciúma, diz que time não está em crise

Veja a tabela da Série B