Todas as noites, ela descia o morro para fazer programa em uma casa noturna. Seu filho ficava com a irmã. Ela vestia um espartilho com cinta-liga e a parte frontal transparente, um sensual fio-dental em tule e rendas. Aí, começava o show, e o público ria e provocava:
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– Adivinha o que eu quero, gatona?
– E eu, então?
Não era difícil saber, nem precisava perguntar. No começo, parecia que ia ser tudo moleza, depois, foi se transformando em um terremoto no psicológico dela. Mas, quando chegava em casa, ela tinha certeza e pensava: “Filho de prostituta não é menino de rua!”
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Rap do bom!
Das Treta Já Era, esta música do grupo Família Somos 1 levou o primeiro lugar na etapa catarinense do RPB 2010. Confira o som na página dos caras na internet: www.myspace.com/familiasomos1.
Arte nas cidades
Os grafiteiros da Risca Muro formam uma das crews mais admiráveis da nossa região. ABL, Kebec, Caime, Pescoço, Nego, Coio, Osso e Mosquito. Esses são os “crazy lado norte” da cidade. Eles enfeitam os muros com suas pinturas, mexendo com a imaginação dos que os veem mantendo a chama da arte de rua acesa.
Memória do morro
No ano de 1977, a antropóloga americana Janice Perlman lançou o livro O Mito da Marginalidade. Ela realizou a pesquisa nos anos 60, nas favelas da Catacumba, Nova Brasília e Vila Operária, todas comunidades do Rio de Janeiro. O prefácio do livro ficou por conta do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A obra serviu como marco para se tentar quebrar a ideia da época de que da pobreza vêm os bandidos.
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Pensamento
“Não te interesses sobre a quantidade, mas, sim, sobre a qualidade dos vossos amigos.” (Sêneca )