Contorno Viário da Grande Florianópolis deve ser concluído em 2019

O Contorno Viário da Grande Florianópolis ganha novo impulso. A Autopista Litoral Sul, concessionária responsável pela BR-101, começa nos próximos dias a construção de mais um trecho de 16 quilômetros, em Biguaçu e São José.

Com isso, mais de 60% do traçado total de 50 quilômetros estarão em obras em 2017. A concessionária, responsável por parte da BR-101 catarinense, prevê a conclusão do Contorno em 2019, prazo acertado com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

“Vai praticamente dobrar a operação no contorno de Florianópolis”, destaca o superintendente de Investimentos do Contorno, Marcelo Módolo. “Já foi dada a ordem de serviço para a empresa contratada. Estamos nos trabalhos de resgate de fauna e flora para iniciar o desmatamento nos próximos 15 dias. Os serviços de terraplanagem começam em fevereiro, início de março”. Mais 550 empregos diretos serão criados com a abertura dessa frente de obras.

Em Biguaçu, as obras se concentrarão nos bairros Fazenda de fora, Fazenda de dentro, Fazendinha, Três Riachos, Rússia, Sorocaba e Santa Catarina. Já em São José, o único bairro na área de abrangência será o de Alto Forquilhas.

O Contorno Viário vai ligar Palhoça a Biguaçu, desviando o trânsito de passagem, principalmente de veículos de carga. O atual traçado da BR-101 que corta a Grande Florianópolis será destinado ao trânsito local. As obras começaram em 2014.

O trecho mais adiantado fica em São José. São quatro quilômetros com previsão de entrega em março. Outros cinco estão, segundo Módolo, com a terraplenagem em andamento.

Ao longo dos 50 quilômetros, além das duas interseções com a BR-101, haverá quatro cruzamentos com rodovias estaduais e quatro túneis, projetados para reduzir o impacto social das desapropriações e evitar que a estrada atravessasse bairros, como o Pedra Branca. Esses túneis, por enquanto, são apenas projetos.

Outro empecilho para a conclusão do trabalho são as desapropriações. A via passa por diversas zonas rurais e urbanas e exigiu a desapropriação de aproximadamente 1.000 áreas. Modolo elogia a atuação do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania, o Cejuscon nesse processo. “O início das novas frentes de obra é decorrente de uma atuação conjunta entre a Autopista, Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania, o Cejuscon , Fórum Parlamentar Catarinense e ANTT”, afirma Módolo.

Ouça a reportagem completa de Cristian Delosantos: