Após a Assembleia Legislativa derrubar o voto secreto, o deputado Aldo Schneider (PMDB) disse que não era totalmente favorável à proposta de emenda à Constituição, apesar de apresentar voto favorável ao projeto. Especulava-se que o parlamentar tentava adiar a votação ao desmobilizar o restante dos pemedebistas a comparecerem no Plenário. Ele negou a informação. Schneider segurou a matéria para além do prazo regimental na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), argumentando que estava esperando um posicionamento do Senado com relação ao assunto. Confira abaixo a entrevista:

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DC _ O senhor tentou conversar com o presidente da Assembleia, Joares Ponticelli (PP), para adiar a votação?

Aldo Schneider _ Não. Já havia uma determinação da mesa diretora no sentido da matéria ir a plenário hoje. Houve um acordo de líderes uma semana antes. Continuo achando que nós deveríamos aguardar um pouco mais em função do que está acontecendo no Senado. Mas, como nós vivemos em sociedade, a minha opinião não irá alterar o resultado. Eu não sou favorável ao voto aberto total, mas isso agora para mim está tranquilo. É o que tinha quer ser.

DC _ O senhor não poderia ter votado “não” para o projeto?

Schneider _ Não, isso não. Embora eu não concorde totalmente com o que está escrito no projeto, eu estou a favor da maior parte dele. Como disse, era é minha opinião, mas devemos respeitar a posição dos outros também.

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DC _ Havia alguma orientação do Senado, por parte dos Senadores Luiz Henrique e Renan Calheiros, para segurar a matéria?

Schneider _ Não, isso também não. Até semana passada, quando nós acordamos que iriamos hoje levar o fim do voto secreto ao plenário, estava tudo resolvido que a CCJ do Senado iria aprovar o projeto também. Foi em função daquela decisão do Senado que nós resolvemos pautar o projeto para hoje. Eu não me opus, até porque seria apenas um voto contra e os demais a favor.

DC _ Há rumores de que o senhor tentou desmobilizar os deputados do PMDB para que não houvesse quórum hoje. Isso é verdade?

Schneider _ Nada disso. Isso não. Pelo contrário, tanto é que houve unanimidade e quórum suficiente.

DC _ E agora se o Senado aprovar algo diferente do que foi aprovado aqui hoje?

Schneider _ Acredito que teremos que alterar a Constituição Estadual. Eu entendo que a Constituição Federal regula os demais casos.

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