As barracas e contêineres montados no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, começarão a funcionar neste sábado (15), segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES). A pasta ainda não informou o horário exato em que as estruturas poderão receber pacientes.
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De acordo com o governo do Estado, as estruturas foram instaladas na área externa, pois o prédio do Hospital Infantil não suporta novas ampliações. Nos contêineres, será feita uma triagem das crianças, a fim de agilizar o processo de atendimento. Os casos mais brandos, serão tratados no mesmo local, e os quadros de média e alta complexidade continuam no setor de emergência da unidade.
De acordo com a SES, cerca de 50% dos pacientes que buscam atendimento no Hospital Infantil Joana de Gusmão apresentam casos de baixa complexidade que poderiam ser atendidos também na rede básica de saúde. Quando o assunto são os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o governo do Estado informou que entre os 47.287 atendimentos feitos na unidade até junho deste ano, 222 pacientes precisaram de UTI. O número representa 0,46% do total.
Na tarde desta sexta-feira (15), o secretário de Estado da Saúde, Aldo Baptista Neto, e o médico pneumologista Márcio Mesquita Judice falaram sobre o cenário do Estado durante uma coletiva de impresa. De acordo com o secretário, além das intervenções estruturais, ações ligadas a profissionais também serão adotadas.
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— Para permitir ampliação do corpo clínico, nós cancelamos todas as férias e licenças e esse ato nos permite, juridicamente, lançar mão de outras duas estratégias: abertura de edital de contratação de médicos pediatras e intensivistas, e também uma estratégia de contratação de pessoa jurídica de empresas para postos de trabalho, para complementar ao final tudo o que for necessário — explica o secretário.
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De acordo com o governo do Estado, cursos de capacitação para médicos foram abertos e começaram nesta semana na Escola de Saúde Pública, com foco na atenção básica e manejo de síndromes respiratórias.
Durante a coletiva de imprensa, o secretário de saúde voltou a falar sobre a baixa taxa de vacinação de crianças em Santa Catarina, o que, segundo a SES, contribui para o cenário de crise.
— Muito mais do que somente uma crise hospitalar por leitos, nós estamos com uma questão sanitária de baixa cobertura vacinal, que tem impactado. Nós precisamos realmente virar esta chave — disse Aldo Baptista Neto.
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Segundo o governo do Estado, até o fim de agosto, 114 leitos devem ser ampliados no Estado. Até o momento, 65 leitos foram abertos. Esses leitos devem ser mantidos, pelo menos, até o fim do ano, de acordo com o governo.
De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde, até as 11h desta sexta-feira, a taxa de ocupação dos leitos de UTI pediátricos estava em 100% em cinco regiões do Estado. Nas regiões Norte e Nordeste, a taxa era de 97,37% de ocupação e na Foz do Rio Itajaí a ocupação era de 93,33%.
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