Os primeiros contatos do espanhol Fernando Alonso com a escuderia Renault começaram após o Grande Prêmio (GP) da Hungria de Fórmula-1, em agosto, que marcou definitivamente sua ruptura com a McLaren. Pela Renault, o espanhol conquistou os títulos mundiais em 2005 e 2006. De todas as opções que tinha para decidir seu futuro, a única considerada com seriedade desde o princípio foi a da Renault, apesar de outras equipes terem mostrado seu interesse por Alonso.

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No GP da Itália, às vésperas do julgamento do Conselho Mundial da FIA que custaria à McLaren seus pontos no mundial de construtores e uma multa de US$ 100 milhões por ter espionado a Ferrari, o acordo com a Renault estava praticamente fechado.

O principal obstáculo então era o contrato que prendia Alonso na McLaren e que terminava em 2009, mas a tensão entre piloto e equipe deixava claro que a única saída era uma rescisão. No fim da tarde do dia 28 de setembro, Alonso se reuniu no circuito japonês de Monte Fuji com o engenheiro chefe da Renault, Pat Symonds, que lhe mostrava os planos da equipe.

Com o fim da temporada 2007, a separação entre Fernando Alonso e McLaren se consumou no dia 2 de novembro com um comunicado conjunto. A Renault parecia ter tudo encaminhado para a assinatura de um novo contrato com Alonso, mas no dia 8 de novembro o Conselho Mundial do Automóvel convocou a escuderia para responder a uma acusação de espionagem feita pela McLaren.

O julgamento do caso foi marcado para 6 de dezembro, em Mônaco. Se a Renault fosse punida com o mesmo rigor da pena aplicada à McLaren, o futuro da escuderia poderia se ver comprometido. Isso freou o anúncio do acordo e despertou diversos rumores sobre o possível destino de Alonso.

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Como na última quinta-feira a Renault não foi punida pela FIA, apesar de ter sido considerada culpada, nada impedia que Fernando Alonso voltasse a guiar o carro que o levou ao bicampeonato mundial, com a esperança de reeditar velhos sucessos.