Com a atividade econômica e o pagamento de tributos em queda, o governo central — formado por Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central — registrou em março o pior resultado da história para o mês, com um déficit de R$ 7,942 bilhões. Até então, o pior desempenho da série histórica — que tem início em 1997 — havia sido o do terceiro mês de 2010, quando o saldo negativo chegou a R$ 4,559 bilhões.

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Com isso, o resultado primário no primeiro trimestre deste ano foi deficitário em R$ 18,216 bilhões. Essa é a primeira vez na série histórica que o governo central tem saldo negativo no acumulado dos primeiros três meses de um ano. No mesmo período do ano passado, o primário acumulava superávit de R$ 4,493 bilhões. Em 12 meses, o governo central apresenta déficit de R$ 142,01 bilhões — o equivalente a 2,38% do PIB.

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Com dificuldades de cortar despesas e com a arrecadação em queda, o governo enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei reduzindo a meta de superávit do governo central de R$ 24 bilhões para R$ 2,8 bilhões, permitindo uma série de abatimentos que, na prática, podem resultar em um déficit primário de R$ 96,6 bilhões neste ano, o que será o terceiro resultado negativo anual seguido. Caso a medida não seja aprovada até o dia 20 de maio pelo Parlamento, a equipe econômica precisará fazer mais um corte no Orçamento.