A nova tarifa da taxa de lixo, que consta na conta de água, deve chegar a todos os blumenauenses até o final da próxima semana. O aumento foi aprovado no final do ano passado, mas começou a vigorar somente nas faturas deste mês. O reajuste da tarifa varia de imóvel para imóvel (veja na tabela acima).
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Quem vai mais sentir a diferença são aquelas pessoas que consumiam menos de 10 metros cúbicos de água por mês – a tarifa de lixo é feita com base no consumo das torneiras. Por exemplo, quem usava três metros cúbicos pagava por este índice. Com a mudança, vai pagar por 10 metros cúbicos, que é a taxa mínima estabelecida pelo Samae. Cerca de 25 mil usuários se encontram nessa situação.
:: Especialista aponta alternativas para poupar na conta
Um déficit de aproximadamente R$ 36 milhões, acumulada ao longo de 10 anos, foi o motivo alegado pela autarquia para o aumento. Segundo Ageu Laureth Júnior, analista da Taxa de Coleta, se não fosse feita a atualização do índice de Geração Específica de Lixo (GL) – indicador que estima a produção per capita de lixo – e do Custo do Tratamento o sistema entraria em colapso em pouco tempo. Juntos, o reajuste dos índices foi de cerca de 50%. Para explicar a defasagem, Ageu cita o valor da GL – um dos cinco itens que são usados para chegar ao cálculo final da tarifa -, que teve o mesmo coeficiente por 11 anos:
– Era uma conta que só dava prejuízo, nunca fechava. Tinha morador que pagava cerca de R$ 0,80 para ter o lixo retirado da frente de casa três vezes por semana. Com valores assim não dava para manter o equilíbrio econômico-financeiro.
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O assessor jurídico do Samae, José Carlos Oeschler, acrescenta que todo o gasto para pagar a conta do lixo era retirado do caixa da autarquia:
– O que poderia ser investido na melhoria de equipamentos era usado para manter a coleta. Com o aumento da taxa atrelada ao que é consumido, o técnico do Samae acredita que a população ficará mais consciente sobre o uso responsável da água.
– A população ainda desperdiça muito. Se consumir pouca água, vai pagar menos, seja na taxa de água ou na de lixo _ observa Laureth.
