A conta de água em Blumenau vai subir 9,37% em 2014. A previsão do Samae é de que o reajuste passe a valer em janeiro. O aumento, porém, só entra em vigor 30 dias após a publicação no Diário Oficial dos Municípios de Santa Catarina – publicação da Agência Intermunicipal de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos Municipais do Médio Vale do Itajaí (Agir). O presidente do Samae, Valdair José Matias, prevê que essa divulgação ocorra até 20 de dezembro.

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O diretor administrativo da autarquia municipal, Artur Uliano, explica que o aumento da tarifa de água ocorria sempre em março. Em 2012, no entanto, o reajuste ocorreu apenas em novembro e teve como base a inflação (IPCA) acumulada de março de 2011 a março de 2012. Entre as revisões de preço é necessário um intervalo mínimo de 12 meses. Com isso o atual reajuste só foi calculado no fim deste ano e teve como base a inflação acumulada de 20 meses: março de 2012 a outubro de 2013.

A maior parte dos nossos custos que precisam de correção é com pessoal, energia, produtos e manutenção, onde se enquadra o IPCA. Vamos procurar trabalhar melhor com o orçamento, que é apertado. O que nos desequilibra são situações como a enchente, a quebra desta bomba (da ETA 2), custos que não estavam previstos acrescenta Uliano ao justificar o reajuste.

O economista Nazareno Schmoeller, do Instituto de Pesquisas Sociais (IPS) da Universidade Regional de Blumenau (Furb) explica que o IPCA é o índice do governo federal que calcula a inflação e define taxas de juros, como a Selic. Pela abrangência e pelo período amplo, o economista considera uma boa referência para determinar o reajuste. Para o especialista, o reajuste é necessário:

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Se o Samae não repuser a inflação, perde a capacidade de investimento, de ampliar, melhorar a rede.

A Agir aprovou o reajuste ainda em novembro, desde que sejam preservados o equilíbrio econômico-financeiro e que os usuários sejam comunicados do aumento com pelos menos 30 dias de antecedência. Segundo a autarquia, o reajuste na tarifa de água não reflete nas taxas de esgoto, que já sofreu aumento de 10% em fevereiro, e de lixo.