Apesar dos benefícios para o meio ambiente e para a melhoria da qualidade de vida da população, o sistema de coleta, transporte e tratamento de esgoto trará mudanças para o bolso dos itajaienses, que verão a conta de água aumentar 80%, depois da adequação; além de arcar com os gastos para a implantação do novo sistema.

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O engenheiro José Adriano Kielling explica que essa porcentagem é estabelecida pela lei municipal que criou a taxa de coleta do esgoto, que se baseia na ideia de que 80% do esgoto produzido por uma unidade doméstica é composto por água.

Em Cabeçudas, moradores se queixam de não terem sido comunicados sobre as mudanças no sistema de tratamento de esgoto. A corretora de imóveis Tatiana Malaguti, que mora há 17 anos no bairro, disse ter percebido as obras, mas não recebeu nenhuma comunicação sobre o que se tratava, nem do impacto que as mudanças provocariam.

– O bairro inteiro ficou cheio de buracos, mas eu só fiquei sabendo que precisaria ser feita essa adequação por causa da minha irmã, que está construindo a casa dela aqui. Na minha opinião, eles pecaram em não nos comunicar – diz a moradora.

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Sérgio Leonardo Dias Flores é cunhado de Tatiana, e está prestes a se mudar para o bairro, onde já trabalha há um ano.

– Nós íamos fazer a fossa e foi só quando chegamos no Semasa que descobrimos que não seria mais necessário, porque o bairro receberia a rede de esgoto.

Segundo ele, para fazer a instalação da fossa, incluindo filtro e sumidouro, gastaria R$ 6 mil; enquanto que para entrar com o processo de autorização para o envio de esgoto, gastou cerca de R$ 230 em taxas, além dos gastos com a mão de obra do pedreiro.

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