A retirada, o consumo e a comercialização de moluscos bivalves, que incluem mexilhões, ostras, vieiras e berbigões, estão suspensos em locais da Grande Florianópolis, em Santa Catarina, conforme comunicado da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola do Estado (Cidasc). O informe, que foi publicado nesta segunda-feira (15), alerta para níveis elevados de ficotoxina ácido okadaico detectados pelo órgão. Caso ingerida, a toxina pode causar náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia.

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A medida foi implementada na última sexta-feira (12), após a detecção de níveis da toxina acima do limite previsto na legislação.

Saiba quais são as áreas afetadas:

Florianópolis

  • Freguesia do Ribeirão;
  • Costeira do Ribeirão;
  • Caieira da Barra do Sul;
  • Taperinha.

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Palhoça

  • Maciambu;
  • Enseada do Brito;
  • Praia do Cedro;
  • Praia do Pontal.

Na Praia do Cedro e Pontal, no município de Palhoça, a suspensão se aplica apenas aos mexilhões, vieiras e berbigões, não afetando as ostras, de acordo com a Cidasc.

Áreas afetadas são nos municípios de Florianópolis e Palhoça (Foto: Cidasc, Divulgação)

Novas análises ainda serão feitas nas localidades e regiões adjacentes, segundo a companhia. Alguns dos laudos apresentaram resultados elevados, mas não levaram à suspensão imediata da retirada de moluscos. Por isso, monitoramentos para garantir a segurança da população continuarão acontecendo, diz a Cidasc.

Alertas

Uma corrente de água fria vinda do sul do país merece a atenção das autoridades e dos produtores, de acordo com informações recebidas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC), que analisa a água de cultivo dos moluscos no Estado e monitora as condições oceanográficas envolvidas.

— Essa corrente pode desencadear eventos de floração de microalgas em Santa Catarina, o que exige atenção redobrada das autoridades e dos produtores. Qualquer suspeita de intoxicação deve ser comunicada à Vigilância Sanitária e à Cidasc imediatamente — afirma o médico-veterinário e coordenador estadual da Sanidade de Animais Aquáticos da Cidasc, Pedro Mansur Sesterhenn. 

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Ainda de acordo com o comunicado publicado pela Cidasc, consumidores e restaurantes deverão buscar adquirir moluscos bivalves com o Serviço de Inspeção Oficial (SIM, SIE, SIF), para garantir a procedência e inocuidade dos produtos.

As instituições públicas responsáveis pela fiscalização sanitária do comércio, inspeção de produtos de origem animal, pesquisa e extensão e diagnóstico foram já foram comunicadas pela Cidasc.

Novas coletas para o monitoramento das áreas de produção de moluscos bivalves serão feitas para que, a partir daí, seja definida a liberação ou a manutenção da interdição das áreas afetadas, comunicou o órgão.

A orientação da Cidasc para os consumidores que apresentarem sintomas é de que procurem atendimento na unidade de saúde mais próxima e notifiquem a Vigilância Epidemiológica ou a Vigilância Sanitária municipal.

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De acordo com a organização, Santa Catarina é o maior produtor de moluscos no Brasil, e monitora permanentemente as áreas de cultivo de moluscos bivalves.

*Sob supervisão de Raquel Vieira

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